PLANETA EM MOVIMENTO

terça-feira, 31 de março de 2009

A MENTE E O SEU PODER CONCRETO

As obras de arte são produzidas por uma característica que diferencia o homem dos demais animais

O homem é o animal mais privilegiado entre todos os que habitam a Terra. Possui, afinal, um tele-encéfalo altamente desenvolvido, como menciona o curta-metragem Ilha das Flores. A característica diferenciadora dos demais seres vivos serve para gerar males, como a miséria mundial mencionada na produção áudio-visual, e oportunidades criativas e inteligentes, as quais podem culminar em obras de arte.
Os brasileiros geralmente são conhecidos por serem um povo inventivo, mas a razão pela fama se dá pela quantidade de pessoas com dificuldades financeiras,as quais são forçadas a criar algo para sobreviver. O privilégio de pensar em preciosidades, seja de qual ordem for, porém, está no inventor do computador e naquele que faz de pedaços de pau uma flecha.Ultrapassa os limites sociais e geográficos, está em todos, espalhados por toda a Terra.
Com folhas de palmeira, muitos homens, principalmente à beira da praia, fazem trabalhos difíceis de se acreditar. De uma folha comprida e verde saem borboletas, louva-deuses, pássaros, rosas, chapéus e outros elementos naturais e artificiais. Em Ipanema, um rapaz produz as peças mencionadas e trabalha com uma rapidez e precisão de deixar, quem o vê à primeira vista, encabulado. Ele corta, desfia, amarra, corta de novo e entrega pronto o fruto de sua força de vontade e talento.
A necessidade muitas vezes é o único motivo que levam pessoas a se lançarem em obras artesanais. Nem sempre têm o dom, mas com perseverança conseguem produzir seu meio de subsistência.. Várias tribos e comunidades espalhadas pelo país, as nordestinas com a maior fama, mantêm-se com a venda de redes, crochês, jarros, panelas e variedades de produtos.
Os dois últimos utensílios, especialmente, são compostos com um material mole e sem forma, chamado de argila. Com ele as mãos, em conjunto com a mente, elaboram curvas, retas, formatos e traços que colocam a asa em um bule e os desenhos de uma cambuca. O material que ficaria no chão, jogado, é transformado em beleza e utilidade. Enfeita e serve os alimentos.
Porém nem sempre a arte está expressa em algo exterior ao homem. Em inúmeras vezes se anuncia pelo próprio corpo humano. Renato Sorriso, gari que trabalha varrendo as ruas da Tijuca, ganhou fama por seus gingados no samba e por seu–– é claro–– sorriso. Viajou o mundo e ganhou dinheiro com movimentos corporais rápidos, subindo, descendo, se balançando e se arriscando a contorcer as pernas de uma maneira que dói só de olhar.
No circo as brincadeiras que são feitas com pernas, braços e etc estimulam a um encantamento sem igual. O contorcionista, além do movimento feito por Renato, pratica um estica e puxa impressionante, como se o artista fosse tal qual um boneco de pano ou borracha. As cenas mais belas desse tipo de esporte, particularmente, são vistas através dos ginastas, os quais utilizam o seu físico para encantar platéias ao redor do mundo. Daiane dos Santos e Diego Hipólito abrem a boca de ginásios com seus pulos e danças em cima do solo.
A apreciação pelos produtos da criatividade e inteligência é tão grande que programas televisivos no estilo do quadro do Domingão do Faustão, Se Vira nos Trinta, se espalham facilmente pelas emissoras nacionais e internacionais. Participantes se apresentam com novidades tais quais instrumentos musicais feitos com elementos de pouco valor e gama de sons e ritmos extraídos da boca, nariz, bochechas e mãos. Revelações que podem garantir, quem sabe, a patente de um próximo violão, piano ou gaita.
Se parar para pensar, praticamente todos os objetos com os quais a humanidade se veste, locomove, se enfeita, equipa uma casa–– como eletrodomésticos e móveis–– só viraram realidade depois que milhares de cabeças elaboraram-nos e puseram a mão na massa, utilizando uma de suas características únicas, o tele-encéfalo altamente desenvolvido. O polegar opositor, outra característica exclusiva, nem sempre é preciso, vide os deficientes que pintam como pé ou com a boca.
Os miolos que se carrega dentro da cabeça funcionam para dar ao homem a capacidade de construir objetivos e sonhos. Graças a ele hoje as notícias do Japão chegam as casas argentinas e brasileiras, já se foi à Lua e uns bichos voadores esquisitos , chamados de aviões e helicópteros , cortam os céus. Reclamar por desemprego, por exemplo, é compreensível, mas é a oportunidade para o raciocínio criar horizontes profissionais que os olhos ainda não conseguem ver.

quinta-feira, 26 de março de 2009

TRANSPORTES CONTRADITÓRIOS

Preços cobrados não combinam com serviços prestados. Pedalar e caminhar são as a melhores opções


No próximo dia 2 de abril o metrô Rio irá aumentar suas tarifas. O reajuste reaviva um incômodo sentido pelos cariocas há bastante tempo. Os preços dos transportes ficam cada vez mais salgados e os serviços nem sempre valem a pena. O remédio é tentar encontrar alternativas ou encarar a realidade com reclamações que custam a ser atendidas.
O metrô recebe reclamações principalmente pela tarifa cobrada, pela superlotação e lentidão. As unidades que hoje custam R$ 2,60 passarão a ser R$ 2, 80, com acréscimo de trinta centavos nas integrações com a Barra da Tijuca e vinte centavos nas demais, exceto com os intermunicipais, cujos valores serão mantidos. O reajuste, no entanto, torna-se injusto pela quantidade de pessoas insatisfeitas com a diferença entre o que é cobrado e oferecido.
Alguns clientes dizem que os vagões subterrâneos parecem, freqüentemente, “latas de sardinha humana” e apontam que eles, com constância, fazem paradas fora das estações fixas e diminuem a velocidade para poder regular o tráfego nos buracos. Os passageiros da superfície dizem quase não ver vantagens em pegar metrô ao invés de um ônibus convencional, pois o tempo economizado debaixo da terra praticamente não é compensado com a baldeação, tempo de espera nas filas da superfície e o trânsito enfrentado nas ruas depois.
As condições não são as melhores em terra firme. Começa justamente pelas tarifas. O preço das mais baratas é, atualmente, R$ 2,20, um valor razoável e mais fácil de ser aceito quando o trajeto é relativamente comprido– igual ou acima de 10 km. O custo da passagem das conduções com ar-condicionado varia de acordo com as firmas de transporte. Os valores mais assustadores são de algumas linhas que percorrem poucos quilômetros.
Para quem embarca em ônibus de integração do metrô, por exemplo, sem pagar pelo bilhete e quem trafega com a linha 201, Santa Alexandria x Praça XV, dispensa, em média, os mesmos R$ 2, 20 cobrados pelos ônibus com longas jornadas, como aqueles cujos pontos finais são da zona oeste ao centro da cidade. Dependendo da distância e de quantas pessoas são, os táxis são mais vantajosos. O valor fica mais ou menos igual, o táxi para mais perto do local onde se deseja ir e é mais confortável.
O pior de tudo são as condições das frotas de certas empresas. A Alpha, empresa da linha 201, pelo menos costuma botar ônibus novos, limpos e com ar condicionado. A Paranapuan, ao contrário, atende pessimamente ao conforto do passageiro. A maioria de seus carros da linha 634 Freguesia da Ilha x Sãens Peña são antigos e as marcas da má conservação facilmente detectadas na ausência de bancos sem encosto para a cabeça, na sujeira e no barulho dos veículos, os quais parecem que irão desmontar.
Há situações tão decadentes quanto. Em Bangu, há cerca de dois meses o telejornal RJ TV flagrou um ônibus que estava com uma de suas rodas frouxa. O motorista ao invés de parar o carro em algum encostamento, seguiu viagem ameaçando a vida de pessoas inocentes. Habitantes de Bangu dizem ser constante ônibus funcionarem em condições inadequadas. Nos dois exemplos lastimáveis fica a mensagem da ausência de fiscalização da prefeitura ou de sua suposta conivência com os donos das empresas.
As alternativas, se não o táxi em certas ocasiões, são a caminhada ou as bicicletas. Opções com custo quase zero, saudáveis e ambientalmente corretos. O número de pessoas que estão largando os transportes coletivos para se locomoverem com suas próprias pernas aumenta gradativamente. Leandro Neves, de 21 anos, afirma ir diariamente a pé de sua casa, na Muda, até a Uerj, no Maracanã.De acordo com ele a caminhada que dura aproximadamente 35 minutos faz bem ao corpo e o faz economizar pelo menos sete reais por dia.
As calçadas são em abundância, mas as ciclovias são escassas. No Rio de Janeiro conseguir andar de bicicleta com segurança é uma tarefa quase impossível, pois na maioria das vezes o ciclista é obrigado a dividir espaço com os pedestres e os automóveis, correndo risco grande de ser atropelado ou atropelar alguém. A promessa da prefeitura é levar as ciclovias que hoje só atendem a zona sul e áreas isoladas da cidade para algumas regiões. Na Grande Tijuca a idéia é separar um via exclusiva que percorra os bairros do Andaraí, Tijuca e Maracanã, cortando a Rua Barão de Mesquita.
O carioca, então, aproveitará os benefícios já ganhos com os bicicletários da Sul-América e com a permissão de embarcar nos vagões subterrâneos com as companheiras de duas rodas aos finais de semana. O Metrô Rio poderá sair ganhando na história, o bolso dos cariocas aliviados e o estresse evitado. Esperar por condução lotada, lenta, suja, quebrada e barulhenta virará ação do passado e o Rio fará parte das cidades exemplares em transportes ecologicamente corretos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

ENTRE, A RUA É A MINHA CASA

A rejeição, a rotina perigosa e as histórias de vida interessantes e tristes dos moradores de rua

Eles estão espalhados pelo mundo afora. Viraram parte da paisagem de muitos locais. No Rio de Janeiro são encontrados em tudo quanto é bairro, deitados nas calçadas próximas a hotéis de luxo e de comunidades carentes. Os mendigos, figuras de diferentes tipos, tantas vezes tão ignorados e rejeitados, costumam ter uma rotina perigosa e muitos possuem histórias de vida interessantes e tristes.
Basta andar um pouco pelas ruas de Copacabana, Tijuca e Maracanã para ver vários moradores de rua, crianças, adultos e idosos. Alguns deles têm residência e família, outros são completamente desprovidos de parentes e de um teto próprio. Dentre os motivos de estarem onde estão, para quem desfruta do poder de escolha, é a busca da liberdade e a facilidade de ganhar trocados. Nem todos ficam diariamente, pois retornam às suas casas aos finais de semana.
José Albuquerque, 40 anos, mora na Baixada Fluminense e trabalha no Centro da capital fluminense. Mas, segundo ele, somente às sextas-feiras retorna para São João de Meriti, por falta de condições financeiras para pegar dois transportes por dia. De segunda a quinta-feira, ele arranja um canto entre as vias de construções antigas nas proximidades da Uruguaiana e, com sua mochila, dorme com a lua sobre si esperando o sol nascer.
Os perigos que os moradores de rua temporários e permanentes estão sujeitos são vários. Eles estão expostos a sujeira e, conseqüentemente, mais propícios a contraírem infecções e doenças. Por não estarem em nenhum abrigo, a não ser uma marquise ou as copas de árvores, são vítimas mais vulneráveis de confusões que ocorrem no meio da rua, como brigas entre torcidas, com ou sem tiroteio. Enquanto dormem, o risco é sofrerem a ação criminosa de homens mal intencionados, como ocorreu há cerca de dez anos com o índio Galdino, morto em Brasília por jovens que puseram fogo em seu corpo.
O maior incômodo para alguns mendigos é o preconceito das pessoas, as quais geralmente viram o rosto, olham feio, consideram-nos como um objeto qualquer. O cheiro desagradável, o aspecto e os pedidos são as maiores reclamações em relação a eles. Alguns são abusados, sujam os ambientes e são chatos, insistem para conseguir obter moedas ou um lanche e existem aqueles que ameaçam os pedestres e cometem furtos e roubos, as minorias que denigrem a imagem de todos.
Ao redor do principal campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, existem muitos menores e jovens estirados exatamente nos lugares de passagem. Alunos da Uerj reclamam da quantidade desses sujeitos e dizem que eles constantemente abordam as pessoas que freqüentam a região. “Evito comer alguma coisa ou abrir a carteira nas ruas em volta da Universidade, pois quase toda a vez os menores insistem para que eu lhes entregue o que estou comendo ou para que eu compre um biscoito ou salgado para eles”, disse Rita de Cássia.
No entanto, muitos moradores de rua respeitam o restante da sociedade e fazem suas abordagens sem quererem forçar a doação. Existem os que carregam um pote consigo e se dão o trabalho de apenas balançá-lo e os que, com crianças pequenas, comovem e recebem notas e moedas com a maior facilidade. Nem todos dependem da esmola alheia. Uns catam materiais reciclados, fazem crochê, vendem doces, tocam instrumentos musicais e até são clientes de bancos. Mensalmente sacam sua aposentadoria.
João Gigante, com mais de setenta anos, perambula pela Grande Tijuca, vive do lado do asfalto e está aposentado. Ele, entretanto, é proprietário de uma casa em um dos morros da localidade, com móveis, água encanada, eletricidade e o mínimo de conforto. Sua decisão em residir em meio ao trânsito de veículos e pedestres veio depois de uma infelicidade. Sua amada esposa, casada com ele há décadas, faleceu e a ferida em seu coração foi tão grande, ficou tão desgostoso, que decidiu por largar todos os seus bens se entregar à vida, “sem a razão de ser”.Talvez para esquecer da sua tristeza, nunca deixa de beber sua pinga nos bares da região da Muda, onde é bastante conhecido.
Assim como João, determinados seres humanos que fazem do espaço público o seu lar ganham uma fama regional, municipal ou nacional. Na zona norte outros dois mendigos se destacam. Uma senhora que se estabelece em frente a um clube e um rapaz que vive com um caderno e uma caneta. Ela é conhecida por varrer a calçada do Tijuca Tênis Clube e ele ganhou fama por seus rabiscos e pela alcunha “ mendigo escritor”. Mas a celebridade do país é o profeta Gentileza, que, depois de uma tragédia em seu circo, se desprendeu das coisas materiais e, ao contrário do Gigante, se abriu para o mundo com o propósito de distribuir amor, compaixão e crítica social pelas rotas brasileiras, sobretudo cariocas.

terça-feira, 24 de março de 2009

S.O.S POLÍTICOS: ONDE ESTÁ A MORAL DELES?

Os representantes do povo perdem-na a cada novo envolvimento ilegal

Um grande homem se foi na última quarta-feira. O deputado federal Clodovil Hernandes era um ser humano de maus e de muitos bons exemplos, cujas qualidades sobressaíam sobre qualquer defeito. Ótimo apresentador, pintor, estilista, comunicador, defensor de direitos dos brasileiros, que mal havia ingressado oficialmente sua vida política. Dias depois de seu falecimento, suspeitas de assassinato levantam uma questão que ele próprio comentava. As características marcantes dos políticos deste país, a saber, a corrupção e o mal caratismo
Clodovil sabia com quem estava lidando no Congresso, com um bando de interesseiros e com uma pequena quantidade de honestos. Por sua coragem de dizer a verdade e combater frente a frente quem fosse, gerava raiva e desejo de vingança de muitos engravatados do poder. A hipótese levantada na sexta-feira passada ,pelas circunstâncias do julgamento que sofrera, de que o estilista poderia ter sido morto por encomenda –– particularmente descartável –– expõe o sentimento latente em quase todos os nativos e habitantes do Brasil. A desconfiança para com os políticos.
A sociedade em sua extensão está cheia de pessoas cometedoras de falcatruas, das mais inocentes as mais exorbitantes. Quase diariamente uma nova quadrilha aparece nos jornais impressos e eletrônicos, expondo desempregados, empresários e os representantes do povo, os que deveriam servir de exemplo. Os eleitos se envolvem com ilegalidades das mais diversas, como formação de quadrilha, corrupção, suborno, cada uma delas cansadas de serem sabidas. Fortemente comentadas principalmente na época das CPIs.
Famosas há seis anos, durante os quais vem denunciando alguns podres existentes há décadas debaixo dos panos, as Comissões Parlamentares de Inquérito deflagraram um oceano de falsos profetas inseridos nos órgãos públicos das três esferas. Políticos acusadores, intencionados a ganharem crédito dos eleitores, acabaram por ser denunciados por irregularidades cometidas, vide Roberto Jefferson, e a cada remexida e investigação mais se encontrava representantes envolvidos com sujeira, vários que não podiam atirar a primeira pedra, dentre os quais uns se arriscavam sem sabedoria.
Na multidão dos políticos de fachada aparecem os de face atenuante e os que ostentam a cara sem máscaras. Os “verdadeiros” não parecem recear ser apontados como bandidos porque sabem que dificilmente terão perdas consideráveis. Se forem julgados e acusados, caso cometam alguns vacilos ou sejam traídos por seus colegas parceiros do crime, provavelmente de uma forma ou de outra sairão com mínimos arranhões na carreira e no bolso. Maluf é a ilustração perfeita. Ao contrário dele, estão os que se trajam com pele de cordeiro, porém nada santos.
No Estado do Rio de Janeiro têm-se, no mínimo, dois na esfera executiva. O de nível estadual extrapola sua cara de pau. Dança funk e bate tambor nas comunidades carentes, freqüenta o sambódromo sorrindo e acenando para a platéia, incentiva projetos para inglês ver em cima de morros, se faz amigo do povo governado e extorquido por ele. Seu seguidor faz muitas atividades parecidas, entretanto é mais comedido e menos falso em suas aparições públicas em seio popular, apesar de ter um rosto quase angelical.
José Dirceu, assim como seus companheiros de profissão do Rio, aparenta ser bonzinho, entretanto a mãos dos brasileiros–– diga-se a maioria–– que confiavam e defendiam-no, botando-as no fogo, foram incineradas. Realmente era difícil de acreditar nas falcatruas de uma figura da política brasileira cuja trajetória fazia-o respeitado. Desde jovem esteve participando de lutas estudantis contra os governos militares e de batalhas a favor da democracia. Seus ótimos exemplos foram parcialmente apagados pelas mesmas atitudes hoje espalhadas pelas entranhas da máquina estatal.
A credibilidade de uma classe por completa é abalada e, infelizmente, os representantes legítimos e decentes recebem as críticas e brincadeiras direcionadas aos políticos em geral. A reverência individual e coletiva por eles praticamente se esvaiu, tornado-se motivo de piadas pela população e pela mídia. Quantos engravatados do poder são regular e eventualmente zombados por suas condutas e imagens em programas humorísticos, principalmente? Nos sábados e domingos os personagens incitam a gargalhadas de situações tão sérias que só as risadas amenizam suas gravidades. A moral vira graça.
Achar a morte de Clodovil armação política, no triste contexto relatado, cabe perfeitamente. PC Farias e Kennedy perderam a vida assassinados. Barack Obama é declaradamente alvo de criminosos e por duas vezes esteve a metros e minutos de mudar de plano espiritual. Quem está mexendo com muito dinheiro e poder está sujeito a atrair ódio de todos os lados, não precisando ser político para senti-lo. A população o alimenta e parte dela, se tivesse a oportunidade, daria um fim a centenas de demagogos dos horários eleitorais. No Brasil o perigo , devido a tamanha roubalheira, extrapola o de quaisquer outros locais do mundo. Quiçá do universo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

BANQUEIROS REFORÇAM DESIGUALDADE SOCIAL, INCLUSIVE NA CRISE

Juros de lojas, financeiras e bancos enriquecem proprietários e empobrecem clientes


Há muito tempo as pessoas dizem que o Brasil é país para rico. Parece que tudo coopera somente para eles obterem êxito. Programas assistenciais são insuficientes para botar na balança e medir o quanto os dois extremos da pirâmide social ganham e ganharam desde os primórdios da chegada dos portugueses. Em plena turbulência mundial, as gritantes desigualdades apenas são reforçadas, mantendo coerência com uma trajetória sem novidades.
Quando os patrícios desembarcaram aqui eles se esbaldaram com as riquezas da terra e os índios com os espelhos, pedaços de pau, enfim, com objetos sem valor. A exploração das preciosidades naturais pelos europeus abundou quando os escravos negros botaram a mão na massa e se desgastavam até a morte para sobreviverem e garantir os lucros e os luxos dos senhores.No século XXI, os pobres mal sequer conseguem emprego e quando logram recebem uma quantia, chamada de salário, insuficiente para satisfazer metade das necessidades básicas, enquanto muitos ricos ganham dinheiro sem esforço e com exploração a fim de aplicá-lo, impulsionados pelos consumismo, em vários produtos sem utilidade.
Os banqueiros são o retrato dos milionários no Brasil contemporâneo, posição reforçada quando em um momento de crise três bancos brasileiros, Itaú Unibanco, Bradesco e o que leva o nome do país, estão entre os cinco maiores bancos da América.
Eles são uma exceção no mundo, no qual empresas financeiras vêm marcando falências e perdas de pequenas a gigantescas. Um dos grandes porquês da fuga à regra , segundo um especialista da consultoria Economática, foi a ausência de aplicações em bancos norte-americanos. Para tal especialista, os bancos brasileiros não precisaram investir fora, pois seus lucros internos eram altos o suficiente.
O dinheiro extra em níveis altíssimos foram acumulados pelo menos por duas razões. O jornal inglês Economist mencionou que o Banco Central brasileiro cortou em 1,5% a taxa Selic, paga pelos banqueiros ao BC. Mas sublinhou que a redução não é repassada para os clientes, ou seja, as instituições financeiras ficam com o 1,5% em seus cofres. Reservas já cheias pela grande arrecadação proveniente das elevadas taxas de juros que eles cobram, especialmente nos atrasos de pagamento e nas anuidades, elevadas muitas vezes sem o consentimento do pagante.
Leandro Ribeiro, morador da zona norte do Rio de Janeiro e cliente do Itaú Unibanco, tem um cartão de crédito há dois anos aproximadamente. Como ele é universitário, sua anuidade vinha cerca de RS 20. Há quatro meses, entretanto, anuidade cobrada pelo banco, parcelada a quase quatro reais em seis vezes, cresceu para seis parcelas de quinze reais, totalizando R$ 90. Segundo Leandro, o Itaú não avisou sobre o “assustador e absurdo” reajuste e não deu nenhuma satisfação a ele, que telefonou para a central de atendimento e conseguiu restabelecer a taxa antiga e reembolsar parte de seu dinheiro. De acordo com Leandro, muitos clientes acabam, pela correria do dia-a-dia, nem percebendo esses reajustes ilegais e pagam quantias injustas que os empobrecem e enriquecem os donos das empresas.
As instituições que ganham à custa de taxas, fora os bancos, são as financeiras, especializadas em empréstimos e arrecadadoras de juros que deixam descontente qualquer pessoa. Elas ou estão vinculadas aos próprios banqueiros ou são independentes, e uma tendência crescente é a parceria que elas fazem com lojas de vários tipos de serviço e produtos. Com intervenção das financeiras no ramo comercial, os brasileiros ganharam facilidade para ir às compras e pagá-las aos poucos, mas a um custo salgadíssimo.Um objeto pago com R$ 100 à vista pode sair até, sem nenhum atraso de pagamento, a R$180, quando não acontece do valor ser maior.
José da Silva, 50 anos, residente na zona oeste do Rio, comprou um gol preto, duas portas, 1.0 em uma concessionária no último mês de outubro, período em que a turbulência estava se revelando. Ele optou, por falta de condições, quitar o preço do carro em cinco anos. À vista, o veículo sairia por volta de R$ 22.500. À prazo, cada uma das 60 parcelas ficou a R$ 600, totalizando ao final de meia década R$ 36 mil, isto é, mais de 50% de juros. Imagine o quanto a concessionária e/ou a financeira parceira sairão lucrando se várias pessoas escolherem a mesma forma de pagamento. Um assalto consentido pelos clientes que o enxergam como a única maneira de atender necessidades e sonhos.
O governo federal, porém, começará a botar freio na ambição das instituições, pelo menos nas bancárias. Ele pretende que o Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica e o BNDESPar adquiram fatias de bancos pequenos e médios, capitalizando-nos e fazendo com que estes voltem a emprestar e decidiu por reduzir as taxas de juros para os clientes do BB e da Caixa e, assim, induzir os privados a fazerem o mesmo.Políticos governistas disseram, inclusive, serem desnecessárias as taxas pagas hoje nos cartões de crédito.Só para se ter uma noção do lucro dos banqueiros brasileiros, desde quando suas firmas ocupavam lugares acima da trigésima posição no ranking de lucratividade, elas apresentavam as maiores rentabilidades de todos–– o que continua––acima até dos gigantes norte-americanos JP Morgan e Bank of America.
As medidas de Brasília demonstram a vontade de diminuir parcialmente a diferença de benefícios ganhos pelos dois extremos da pirâmide. O Fome Zero, Bolsa Família e tantos outros assistencialismos foram insuficientes para dar um basta a uma grotesca distância social. A população, em sua totalidade, dispensa caridade e pede, primordialmente, o cumprimento de seus direitos. Para os dois pratos da balança, quem sabe um dia, buscarem a proximidade e pobres e ricos viverem em suas condições sócio-econômicas honestamente.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O REINADO DA TELEDRAMATURGIA EM 2009

A crise, o sucesso e a atual oferta no setor

A dramaturgia sempre esteve nas telinhas. No começo as obras eram os teleteatros, nada mais do que as peças ou novelas exibidas ao vivo. Ao longo dos anos elas foram evoluindo para as novelas gravadas, séries, seriados, os filmes especializados para a TV e marcaram com inúmeros sucessos o meio de comunicação mais famoso do mundo. Em 2009, a teledramaturgia segue em todas as grades de programação das tevês abertas do Brasil, porém nem todas conseguem sair bem sucedidas.
Na empreitada a Globo está desde o seu nascimento e parcialmente graças as suas novelas conseguiu desbancar suas ex-emissoras rivais, Tupi e Excelsior, e despontar como número um. Dezenas de tramas alcançaram o país de modo a cair na boca do povo e conseguir mudar costumes e hábitos. As mortes de personagens geravam tensões por semanas e os palpites para descobrir quem eram os assassinos se espalhavam do norte ao sul, por várias tribos completamente diferentes.
A heterogeneidade da audiência global foi e continua sendo um dos segredos para a manutenção do posto de mais assistida em território nacional. Mas se a heterogeneidade é mantida, a quantidade de telespectadores cai consideravelmente. Seus folhetins estão registrando médias no ibope gradativamente menores. Malhação e a trama das seis são as que mais preocupam. Há pelo menos três anos o número de televisores ligados nessas atrações diminui.
Por uma maré baixa, igualmente, passa a Revelação do SBT. A audiência varia entre quatro a oito pontos, sempre na terceira ou quarta posição no ranking, números muito inferiores se comparados aos apresentados pelas novelas produzidas pela emissora há cinco anos, quando o segundo lugar era garantido sempre acima dos dez pontos. Para Silvio Santos, Eu, a Patroa e as Crianças e Chaves dentre o vasto cardápio dramatúrgico próprio e enlatado, são os que conseguem a vice-liderança e a liderança.
Esperançosa em alcançar alguma coisa com o ramo das séries, seriados e novelas internacionais, a CNT renova sua fraca programação e tenta retomar a boa fase vivida na época em que era associada à Gazeta. A TV de Curitiba adquiriu direitos de exibição de produções da Televisa e aposta na qualidade deles para o horário nobre. As duas atualmente no ar, a partir das 22h30, abordam temas do cotidiano, como sexo e os imprevistos que o ser humano lida no dia-a-dia.
A aposta na realidade é o atrativo da Record que deu e está dando muito certo. As duas tramas diárias, Os Mutantes e Chamas da Vida, cumprem metas de audiência dos bispos. Entretanto é A Lei e o Crime que ultrapassou as expectativas da cúpula da emissora. Inspirado na novela Vidas Opostas, ganhadora de Troféu Imprensa, o seriado atinge a liderança nas segundas-feiras no Rio de Janeiro e força a Globo a esticar o BBB. A empresa carioca, influenciada pela sua principal concorrente, está preparando uma série, a estrear em Abril, que retrata o mundo das corregedorias de polícia.
No jogo das investigações, a Band aos domingos traz Um Policial da Pesada, mas a emissora apesar de aparentar seguir a correnteza, remou contra a maré das três grandes e extinguiu seu setor de novelas. Água na Boca, a última obra da casa, nada de apetitoso foi para os Saad que decidiram substituí-la no horário por uma escolinha de humor, montada nos moldes da turma do professor Raimundo. A opção da emissora do Morumbi ficou mesmo, de segunda a sexta, pela dramaturgia mais afastada da realidade. No período vespertino O Mundo Perdido ganhou espaço para tentar reduzir os custos e manter o share do extinto Atualíssima.
Para a maioria das emissoras, em suma, a dramaturgia permanece importante nas grades de programação. Em quase todas o carro-chefe são as novelas e séries, mesmo com o sinal de alerta do setor na Globo, principal mercado produtor brasileiro.A crise no Projac revela a falta de paciência do público com certos enredos e maneiras de contar. Pois histórias e estórias serão sempre apreciadas.

domingo, 15 de março de 2009

CESTAS DESCUIDADAS

Conquista sul-americana do Flamengo melhora perspectiva sobre basquete brasileiro

Com muito esforço o Flamengo consagrou-se campeão sul-americano de basquete na última quarta-feira. O time venceu o Quinsa, na Argentina, por 98 a 96. O título da equipe carioca ajuda para a valorização do basquete brasileiro e alerta para a falta do merecido zelo para com o esporte, que já deu muitas alegrias para o país.
A última grande conquista foi os Jogos Pan-Americanos em 2007, no Rio de Janeiro. Mas há nove anos o país não consegue se classificar para as Olimpíadas, a mais recente disputada em 2000, em Sidney. O fraco desempenho nos pré-olímpicos de 2004 e 2008 sofreu reflexos de desentendimentos, aparentemente solucionados, que culminou em um racha com a criação de uma segunda conferencia nacional (NBB) e em um campeonato nacional paralelo ao oficial ( da CBB).
A ausência nas competições de Pequim no ano passado contribuiu para derrubar a imagem do basquete brasileiro internacional e nacionalmente. Porém, o título do rubro negro carioca serviu e servirá como elemento fundamental para realavancar a moral brasileira no continente e ajudará para formar a teia de argumentos necessária à realização dos jogos olímpicos de 2016 na cidade maravilhosa.
Entretanto, apesar dos seus excelentes atletas e graças a eles que o esporte se desenvolve por aqui, o país não merece receber um evento de um porte grandioso. No basquete os exemplos bastam. A taça dos jogadores do Flamengo foi levantada somente pela garra, profissionalismo, paixão e cooperação de jogadores e comissão técnica, profissionais que deixaram de receber seus salários há quatro meses.
A diretoria do clube, que deixou os salários atrasarem por quatro meses–– o pagamento referente ao mês de novembro foi feito na sexta-feira–– é a mesma que pensou, neste ano, em desistir de investir no esporte temporariamente e é a mesma que atrasa os salários do futebol, mas que o sustenta com folhas de pagamento altíssimas , sem comparação com a do basquete.
Semelhante exemplo acontece em muitos clubes nacionais, maçiçamente preocupados com o mercado da bola no pé e que esquecem as quadras e as cestas, promovendo uma supervalorização de uma prática em detrimento da outra, fato presente fácil e visivelmente na mídia. A maioria das emissoras de TV aberta mantém programas esportivos focados somente ou quase 100% no futebol. Transmitem variados campeonatos futebolísticos, mas reservam espaço ínfimo para o “resto”.
A maior prova é recente. Em nenhum dos grandes canais foi possível acompanhar a partida final da liga sul-americana. Porém, na quarta-feira, Globo e Band ocuparam duas horas de sua programação com partidas de campeonatos regionais. A Record que adquiriu os direitos de transmissão dos próximos jogos de inverno, pan-americanos de 2011 e 2015 e olimpíadas de 2014 se contenta em apenas cobrir as partidas da Liga dos Campeões (dos gramados) da Europa.
Para remar um pouco contra a maré e para demonstrar sua qualidade, a TV Globo está exibindo ao vivo, nos domingos, o Novo Basquete Brasil, campeonato em âmbito nacional— que marca o fim do racha referido anteriormente. Para promovê-lo e para incentivar os telespectadores a assisti-lo, o Globo Esporte trouxe ontem quatro atletas, dois do Brasília e dois do Flamengo, e informou características do basquete, como nome de posições e jogadas.
A emissora dos Marinho, portanto, acende uma luz no fim do túnel, ainda muito escuro. Governos, dirigentes e meios de comunicação, relapsos com práticas esportivas fornecedoras de alegrias e talentos como Oscar, Paula e Hortência, prejudicam a massa da população no acesso ao conhecimento e ao interesse de entretenimentos benéficos ao corpo e a alma.


sexta-feira, 13 de março de 2009

O HOMEM E A NATUREZA CARIOCA

O contraste marcante de uma cidade maravilhosa

O Rio é uma das melhores cidades do mundo por uma série de motivos, o principal sem dúvida é a combinação da sua natureza fantasticamente exuberante com serviços o mais sofisticados de uma grande metrópole mundial.Os gringos não resistem e visitam a cidade anualmente. Alguns esquecem da vida por aqui e acabam morando. Os cariocas, apesar de terem ao seu redor a beleza como costume, não se cansam de se apaixonar cada vez mais por ela.
O Pão de Açúcar, o Corcovado, a praia de Copacabana... cartões postais conhecidos pelo mundo afora, cansados de serem gravados e aparecerem em filmes e novelas. A visualização deles , se repetitiva na mídia, é incansavelmente apreciada por quem contempla-os presencialmente e com freqüência. Suas formas e tonalidades são obras de arte que a cada olhar revelam algo de novo e especial, prendendo atenção.
Na zona sul, locação de muitas tramas globais, belezas se encontram em pontos menos conhecidos para os turistas. São recantos onde a fauna, a flora e os homens convivem harmoniosamente. No Jardim Botânico, no Parque Lage, Parque da Cidade, entre outros. Espaços delimitados oficialmente e em outros onde o urbano e a natureza convivem sem barreira alguma, independente da região do município.
A peculiaridade da capital fluminense tem uma explicação. A vastidão de afloramentos rochosos promove naturalmente o desenvolvimento da vegetação, na qual se cria um ambiente adequado para a moradia de bichos. Muitos prédios e casas, empurrados pela expansão imobiliária que ocorre há séculos, se tornam vizinhos de áreas assim, típicas do interior.
Em Copacabana, na comunidade dos Cabritos e nos condomínios ali próximos, de vez em quando, inesperadamente, galhos balançam com estranheza. Logo se percebe micos pulando de um para o outro ou se arriscando, com perigo, pelos fios de eletricidade. Eles são tratados como celebridades. O público os mira e prazeirosamente arriscam lançar-lhes mimos alimentícios.
O privilégio de se desfrutar de um zoológico sem sair de casa é uma marca registrada de uma região conhecida pelos seus morros e florestas. Na Grande Tijuca perceber um pedaço de rocha envolta por uma pequena mata é fácil. Em várias ruas se constata um monumento desses, dentro dos quais a vida da fauna bate sem parar.
No sub-bairro da Muda, perto da rua General Espírito Santo Cardoso, moradores não se surpreendem com vizinhos pouco convencionais. Pererecas, rãs, lagartos, micos e até cobras, as únicas que assustam. Seu Francisco, residente há mais de vinte anos no bairro, disse ter encontrado em frente de sua residência, há aproximadamente cinco anos, uma cobra coral. Segundo ele, seu filho, na mesma época, deu de cara com outra cobra em seu quintal.
As aparições de répteis, ao invés de agradar, preocupa muita gente. Na Baixada de Jacarepaguá rica em áreas alagadas, com lagoas, rios e pântanos, os jacarés, principalmente os de papo-amarelo, de tão numerosos deram o nome à região. No Recreio dos Bandeirantes eles nadam em um dos córregos, descansam em suas margens e andam livremente sem haver nenhuma divisória que impeça os animais de chegarem as calçadas e ruas residenciais.
O medo dos moradores é facilmente resolvido. Coloca-se uma cerca e pronto. Para os jacarés, peixes, garças, micos e cobras, cujos habitats se reduzem ou são poluídos em velocidade acelerada, a melhoria de vida depende de um compromisso dos governos estadual e municipal para com o meio ambiente. Ambas as esferas devem despoluir as lagoas e rios, impor a obrigatoriedade de saneamento básico em todas as construções em torno deles, acionar a fiscalização nas florestas, que impeçam a proliferação e expansão de casas e prédios irregulares, e o reflorestamento em encostas desmatadas.
As condições para se chegar ao estágio ideal mal se iniciaram. A lentidão e má vontade das autoridades só não estragaram muitas das belezas cariocas porque a cidade , de tão abençoada, abriga uma vastidão de atrativos dignos de cunharem sua fama. Eles ainda resistem, por força própria e com pouquíssimas contribuições. Porém não conseguem combater para sempre e os escassos ajudadores, como o adjetivo indica, são incapazes de impedir que um dia as maravilhas possam ir.

quinta-feira, 12 de março de 2009

TV: INTERFERÊNCIA EM NOSSAS VIDAS

Como ela ajuda e atrapalha o andamento de uma sociedade

Com quase sessenta anos, a televisão continua como o meio de comunicação mais popular e bem sucedido do mundo, apesar do pequeno declínio sofrido pelo surgimento dos computadores. O seu maior atrativo é a diversidade de programação disponível, potencialmente capaz de evitar e provocar tragédias e promover serviços essenciais para o desenvolvimento de um ser humano.
Os telejornais e programas voltados a prestação de informações úteis ao dia a dia, a saúde e a educação de cunho escolar são elementos de destaque para a qualidade de uma emissora. No Brasil, há muitas opções que se enquadram nas classificações mencionadas. Os jornais na TV são obrigatórios para a conquista de um canal transmissor e a quantidade de programas instrutivos aumentaram nos últimos anos.
As conseqüências para o telespectador podem ser boas ou ruins, dependendo da intenção dos produtores de conteúdo. Se querem ajudar e ganhar dinheiro ou somente ganhar de dinheiro em cima de seus trabalhos. Ambas as escolhas são feitas e geralmente não são fáceis de serem identificadas.
Diariamente a TV está pronta para enviar, para quem está em casa ou em qualquer outro lugar que disponha de um aparelho, a síntese do que de mais importante acontece no mundo, em um país e em uma grande cidade. As notícias postas no ar em várias ocasiões podem ser tão importantes a ponto de salvar uma vida ou bens materiais.
Geralmente sabe-se dos lugares perigosos de um município por meio do serviço dos jornalistas que atuam na televisão, por ser ela a mais ouvida, lida e vista entre todas as mídias em todo o planeta. Milhares de pessoas antes de seguirem para seus compromissos ligam em telejornal a fim de se certificarem como está o trânsito em certos pontos de interesse e se os acontecimentos, em seu trajeto, estão correndo normalmente.
A rapidez da informação pode precaver muitas pessoas a mudarem suas rotinas. A notícia de um tiroteio ou de um engarrafamento orienta o motorista, por exemplo, a pegar outros trajetos ou, se não houver outra opção, esperar para dirigir. Violência, perda de tempo, estresse; prejuízos são prevenidos. Tais qual aplicar mal o dinheiro.
Tanto em telejornais, nas atrações femininas e nas chamadas revistas eletrônicas, hoje super populares–– Domingo Espetacular, Fantástico, Hoje em Dia, Olha Você, entre outros, são dadas inumeráveis dicas como organizar da forma mais adequada o orçamento, quais os produtos de maior qualidade e preço baixo, quais os destinos turísticos mais econômicos e uma infinidade de demais sugestões.
As informações se mal apuradas tem a chance de causar efeitos inversos. Se o nome de uma rua onde está ocorrendo um confronto entre criminosos e policiais for mencionado errado, havendo uma troca no nome de vias, Rua do José ao invés de Rua do Manuel, quem se basear na notícia pode acabar correndo riscos ou se precavendo desnecessariamente.
Se alguém que iria passar pela rua do José e , devido a informação de um jornalista de TV , desviar o caminho pela rua do Manuel, a TV será a culpada diretamente por colocar em risco a vida dessa pessoa. Mas se esse alguém mesmo tendo uma entrevista de emprego marcada preferir aguardar que a situação se normalize na rua do José, a única de serventia para ele, perderá tempo e poderá perder uma oportunidade pelo simples e grave confusão da mídia.

Todavia, há mensagens enviadas pela TV que são difíceis de verificar seus benefícios ou malefícios. As intenções de manipular um público ou o máximo de pessoas pairaram e pairam nas ondas emitidas por emissoras e geralmente elas miram apenas seus próprios interesses, independente de qual o resultado para tal público. Desejam se tornar ricas e poderosas à custa de governos, populações e políticos.
A Rede Globo se fortaleceu entretendo os brasileiros através de incontáveis mentiras e omissões, sem o conhecimento da maioria deles de que estavam sendo enganados.Na ditadura Militar, que investiu pesadamente na empresa, as criminalidades completamente desumanas do governo eram parcialmente citadas. O Jornal Nacional na segunda metade dos anos 60 e nos anos 70 noticiava e praticava um jornalismo para desgraçar o Brasil, cuja paz e liberdade de expressão foram fortemente violadas.
Na morte de Roberto Marinho fez elogios ao seu fundador. Grande parte das pessoas acreditou em todas as qualidades dele e foi incapaz de atentar quais os objetivos daquelas informações. Para quem tem outras fontes e conhece a trajetória de Roberto sabe todas as imoralidades por ele executadas. Porém a Globo não as comentou por querer se manter sustentada por brasileiros que acreditam em sua (falsa) credibilidade.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O PODER DE UMA BONECA

Aos cinqüenta anos, produto incutiu e incute comportamentos e modas na sociedade global


Uma trajetória fantástica para um brinquedo. Com seus cinqüenta anos de idade, completados na última segunda-feira, a boneca Barbie confirma sua importância para crianças e adultos e relembra seu papel fundamental na ratificação e introdução de novos valores na sociedade global.
Em 1959, ano de sua criação, o primeiro exemplar trazia uma mulher de seus vinte e poucos anos vestida em um maio listrado em preto e branco. A vestimenta comumente usada pelas damas nas praias ocidentais. As roupas e comportamentos da boneca logo foram trazendo inovações e debates. Na década de 60, ela entrava para o mercado de trabalho, contribuindo para incentivar as mulheres a deixarem de serem apenas donas-de- casa.
As meninas de então começavam a ter uma mentalidade diferente do universo feminino. A Mattel, produtora do brinquedo, criou uma linha temática de Barbies transformando-as em inúmeras profissionais. Mulher de negócios, piloto de fórmula 1, presidente, astronauta, militar... Incutindo na mente das garotas a idéia de que elas poderiam escolher o que gostariam de ser na vida.
A mulher ganhava liberdade e a boneca refletia e ajudava para a transformação. Suas várias facetas serviram para formar uma geração de mulheres com seus empregos de carteira assinada e mostrar o quanto elas eram importantes para o desenvolvimento de uma cidade, estado ou país. Participando diretamente para o desenvolvimento e dispondo de uma voz ativa.
Para a presidente da Associação de Estilistas Americanos, Diane Von Furstenberg, a cinquentona carrega a imagem da independência e confiança, dotada de uma enorme capacidade de se divertir sem perder a elegância. A beleza de Barbie, assumida na versões loiras, morenas, negras e nipônicas, foi e ainda é motivo de crítica de muita gente.
O corpo escultural, com sua cintura fina e seios grandes, seria um padrão maléfico para a cabeça das meninas. Elas poderiam achar que o bonito seria ter exatamente aquele perfil e querer se moldar a ele; rejeitando em determinados casos e ocasiões seus próprios corpos. Especialistas em várias partes do mundo sustentam ser a boneca uma influencia para a anorexia.
“Como tudo mais, ela (a empresa Mattel) é uma fabricante de brinquedos e está vendendo uma figura de fantasia, uma boneca para as crianças brincarem”, diz o curador da exposição "Os 50 anos de Barbie" no Museu do Entretenimento Geppi, em Baltimore, nos Estados Unidos, Arnold Blumberg.
No entanto, nem toda a brincadeira é benéfica e aceita pelos pais e educadores. Se o físico permaneceu, uma das frases que a boneca dizia em uma de suas versões teve de ser adaptada. “Aula de matemática é difícil” passou, pela pressão social, a ser pronunciada como "Matemática é difícil mas não impossível!", mostrando algum poder de resistência da sociedade de consumo.
A força do brinquedo da Mattel, apesar de abalado pelas seqüentes reduções nas vendas nos últimos sete anos –– 20% somente em 2008 –– mantém uma presença grandiosa pelo globo. Hoje, mesmo com a crise do produto, são fabricadas duas unidades a cada segundo. Nos 50 anos de história já foram vendidas 1 bilhão de bonecas.
Dentre os compradores estão brasileiros adultos, os quais se tornam mais velhos e apaixonados pela cinquentona norte-americana. Carlos Keffer tem 540 bonecas e gastou mais de 200 mil reais na aquisição delas. São 14 anos juntando unidades, algumas delas de edições especiais em homenagem a filmes de sucesso, como Titanic, E o Vento Levou e Minha Bela Dama. O figurino das tramas e os rostos de suas protagonistas inspiraram as bonecas.
As roupas da Barbie, aliás, são uma apreciação à parte. As centenas de milhares de modelos assinados por grifes de renome viram peças para as mulheres usarem. Vestidos de noiva da boneca já foram feitos para casamentos reais. A criadora Vera Wang desenhou um que será vendido por 15 mil dólares. A boa reputação da aniversariante na China impulsionou a estréia de uma loja de seis andares em Xangai, que desde sexta-feira põe à venda bonecas e vários estilos em tamanho humano assumidos pela eternamente jovem personagem.

O comentário aspeado foi extraído de uma matéria da BBC.

terça-feira, 10 de março de 2009

RONALDO E A BOLA MURCHA DA IMPRENSA

TV exagera e transforma gol do craque em um espetáculo; jornalismo dá vexame mas apresenta melhora nos últimos anos


A imprensa brasileira, nos últimos anos, vem registrando uma relação conflituosa em sua própria função. Ora cumpre com sua utilidade pública, ora revela-se completamente insensata e inútil. Um péssimo exemplo ocorreu anteontem, domingo, quando a TV Globo e outras empresas de televisão fizeram do gol do atacante Ronaldo “Fenômeno”, na partida entre Corinthians e Palmeiras, um evento extraordinário.
A emissora da família Marinho deu especial atenção a cabeçada que decorreu no empate do alvinegro paulistano.Parte de sua programação, logo após a transmissão do jogo, foi focada no balanço das redes provocado por Ronaldo.Repórteres ao milhares cercaram e trataram da obrigação de um atleta de futebol um fato “fenomenal”.
A história do eterno menino de Bento Ribeiro–– cujo nome identifica oficialmente uma das ruas do bairro–– sustenta peculiaridades pouco convencionais nos gramados mundiais. Ele, para quem não se recorda, já sofreu três graves lesões no joelho, as quais poderiam acabar de uma vez por todas com sua carreira profissional como jogador.
O gol de ontem, fora a circunstância de saúde mencionada, veio depois de aproximadamente um ano de jejum do “craque”. Uma sede que ele, seus fãs e a imprensa estavam esperando matar o mais rápido possível. A euforia levou Ronaldo a correr desesperadamente, pular no alambrado do estádio Prudentão e provocar, pela energia da torcida corintiana, o entortamento do objeto por onde se pendurou. Somam-se os minutos no qual o gol foi marcado, nos acréscimos da etapa final, no clássico mais importante da maior cidade do país.
Todas as características envolvendo o único gol marcado pelo “timão”, no mundo das chuteiras, carregam valores notícia. Porém os jornalistas supervalorizaram as notícias concernentes ao assunto, exagerando. Programas jornalísticos gastaram tempos preciosos na televisão com questões cuja utilidade pública é extremamente duvidosa. As condições da saúde do joelho de Ronaldo e sua persistência em continuar jogando é um belo exemplo de garra para a população. Mas muitas outras coisas secundárias foram comentadas na TV na noite de anteontem.
Ao que parece em toda a cobertura é a tentativa de montar um espetáculo e engrandecer ainda mais o ídolo brasileiro. Em meio a tantas desgraças no planeta e em época complicada de audiência para a televisão, que vem perdendo telespectadores a cada ano, engrandecer um evento gera interesse nas pessoas e tendem a levá-las a querer ficar inteiradas, informando-se e assistindo programações voltadas a tal acontecimento.
As atenções e elogios insistentes ao jogador forçam um sentimento de importância e mesmo de admiração além do merecimento. Uma estratégia esperta e antiga formulada por patrocinadores e a mídia. Excluindo o envolvimento com os travestis e os erros de Ronaldo —por mim desconhecidos—mencionados por Cléber Machado em sua narração de domingo , a maioria dos meios de comunicação só se referem ao atleta com adjetivos positivos.
Os resultados no seio da população são bem eficazes. Brasileiros se orgulham de terem nascido no Brasil de talentos; esquecem parcialmente dos problemas; e dos maus exemplos das figuras políticas do país, configurando-se um clima que ameniza o negativismo popular e o foco da população de cima das corrupções e injustiças que a maltratam.
O assunto Ronaldo é somente um dos muitos maus exemplos. Os programas de fofoca que existem em nossa televisão enchem de porcarias a mente dos telespectadores. Os papparazi flagram comportamentos os mais banais e ridículos possíveis, com consentimento do jornalismo de algumas emissoras descompromissado com a informação indispensável ao povo.

UM SINAL DE MELHORA
Contudo, vê-se o surgimento de programas preocupados em prestar serviços e instruir a audiência. Muitos programas policiais saíram do ar nos últimos anos, os quais traziam basicamente notícias de violência e que eram coletadas em cima do fato, várias vezes sem a necessária apuração cuidadosa. No horário das seis o Aqui Agora do SBT não deu certo em sua segunda fase. Mas hoje na grade da emissora o programa Olha Você tem pautas diárias que de alguma forma buscam ajudar o telespectador em seu dia-a-dia, em sua vida.
Na empresa de Silvio Santos e na de Edir Macedo –– sem o extinto Cidade Alerta––
o departamento de jornalismo investiu e produz matérias de qualidade, abordando temas biológicos, de meio ambiente, de saúde e alimentação, política, geografia, história, cultura e uma gama de outros importantes para a ampliação do conhecimento de mundo da audiência.
SBT Realidade, Domingo Espetacular, Câmera Record, Repórter Record contribuem a construir um Brasil com uma melhor instrução de ensino e redimem o vexame dos jornalistas nos casos Isabela e Eloá. Em ambos e principalmente no último houve um abuso gritante da liberdade de atuação da mídia, parcialmente culpada na tragédia de Santo André.
O desenvolvimento do telejornalismo está a ser constatar. Falta, porém, uma longa caminhada para se atingir o ideal. Os desrespeitos da imprensa talvez mereciam a agressividade da censura, que na verdade é violenta somente para aqueles interessados com o bem alheio.De qualquer maneira, proibir conteúdos é uma media perigosa.Para evitá-la é preciso o cumprimento da ética e da justiça, obedecendo a lei de imprensa.
A TV, afinal, é um bem pertencente a todos os brasileiros. Logo, ela tem de oferecer-lhes informações de utilidade pública e que não agridam a quem assiste. Sem seguir os conceitos e regras, muitas emissoras merecem ser multadas e perder suas concessões. Isso fica para uma próxima conversa.

domingo, 8 de março de 2009

VIVER O REAL: O PRESENTE SEMPRE EM MENTE.

Aliar o pensar e o agir, conectando-se ao hoje, é um segredo contra fracassos
Quantas vezes você já se preocupou com algo que já ficou para trás ou por algo teria pouca probabilidade de acontecer? Ou ainda ficou pensando em algo que aconteceria em um futuro distante? As três ocasiões são bem típicas na espécie humana, que anda sempre preocupada com alguma coisa. Há pessoas, no entanto, capazes de transformar tudo em apreensão, desde o menor ao maior acontecimento ou assunto. Uma mania maléfica fruto da capacidade do homem de pensar, até demais, que desperdiça o tempo e desacelera o desenvolvimento individual e social.
Há vários casos que se adequam nesse quadro. Prever sempre o pior, por exemplo. Pessoas costumam passar parte de seus dias antecipando um futuro completamente incerto, no qual a desgraça predomina. Pensam, se desgastam, sofrem precocemente. Acumulam prejuízos, dentre os quais a perda de tempo desnecessária. Mas nem sempre são coisas negativas. Viver o lado bom da vida antes da sua ocorrência acontece em muitas cacholas. Uma festa, um prêmio, uma viagem, realizados dias, meses, anos antes da concretização.
Remeter ao futuro e prender-se a ele prejudica o presente. Ficar preso ao passado, igualmente, tem prejuízos no hoje dos indivíduos. Erros cometidos podem corroer pensamentos e corpos. As pessoas são incapazes de abandoná-los e trazem-nos constantemente à memória, utilizando-os para lembrar de uma fraqueza imperdoável pelos próprios autores. Se auto-acusam e respiram um ar velho , sem dar-lhes o frescor e impulso capaz de fazê-los caminhar saudavelmente.Agarrados ao irremediável, estacionam ou evoluem aquém de suas capacidades.
Os vacilos praticados não são vistos como um importante componente de uma jornada bem sucedida. Porém, eles são peças chave para a evolução e para lograr vitórias. A experiência, seja ela qual for, é a bagagem necessária para evitar novos e piores deslizes e para subir degraus em uma escalada rumo aos sonhos e objetivos. Extrair os aprendizados dos erros é o melhor a se fazer.
Remoer sem sair ganhando em conhecimento é um atraso pessoal, profissional e social. As horas se passam ao viajar nos pensamentos da vivência antiga e as chances de conquistar são desperdiçadas. Imagine alguém que caiu em um buraco. Para ela sair, deve arranjar maneiras de escalar e chegar ao topo. Se ela estiver quase alcançando o topo, já cansada, e pensar na bobeira que cometeu para que caísse no buraco , provavelmente poderia perder o equilíbrio e cair novamente.E desta forma sucessivamente caso continue trazendo de volta, com peso, algo já pertencente ao tempo transcorrido.
A distração provavelmente fora um dos motivos pelos quais tal personagem caiu pela primeira vez. Imaginar demais é um potencial provocador de quedas, uma causa propícia a conseqüentes idas a buracos. Tecer discursos mentais e esquecer do mundo prático, objetivo e real é um sério risco para tropeços gradativamente piores. Usar o tele-encéfalo altamente desenvolvido para refletir é positivo se estiver conectado com o mundo concreto.
Se perder em pensamentos é estar sem uma sustentação protetora contra os empecilhos externos que podem penetrar na vida individual. Fica-se mais vulnerável a forças contrárias e negativas, as quais têm o potencial de derrubar e estragar qualquer construção, seja ela visível ou invisível (abstrata). Os planos das pessoas desse tipo rumam para incertezas, pois não se adequam ao meio no qual pretendem se realizar. Vive-se desligado da realidade, vagando-se por uma camada tênue, em uma viagem arriscada e perigosa.
Caminhar sem se atentar para o chão é seguir potencialmente em falso, em um campo ilusório. Estar vivendo sem olhar para um lado e para o outro, para o momento e sua diversidade é se proteger em uma casca que a qualquer hora pode ser quebrada e machucar ou frustrar quem nela estava. A teoria traçada na mente torna-se inaplicável, o real torna-se impermeável a ela.
Como dizem os mais sábios intelectuais, a teoria sempre deve vir aliada a prática. Sem a complementação de um a outra, qualquer trabalho rende pouco ou nada. A reflexão deve, pois, servir para aperfeiçoar a ação. As teias produzidas no tele-encéfalo tendo como referência a prática e aplicadas a ela tendem a melhorar a relação do homem com o seu alderedor, instalando uma convivência mais harmoniosa e utilitária para o crescimento de ambos.
Deve-se usar em conjunto a cabeça e o corpo. Ela projeta com bases no que ele pode fazer e ele faz baseado nas informações que a cabeça compila. Há uma cooperação, essencial para o sucesso, para a saúde de um ser humano. Os dois se completam e ajudam ao homem a atingir metas. Pensar é pouco. Agir também. Ambos, dependentes um do outro, fazem toda a diferença. Separá-los é querer a morte.
Parar de viver com coisas que consomem o tempo real e a realidade é uma eficaz solução. Faça hoje aquilo que é para o hoje. A cada dia basta o seu mal. Quando se quiser pensar nos problemas então que se olhe para seu lado positivo e para o seu fim, fazendo por onde para cessá-los e tratando-os como uma arma para a próxima batalha, das inúmeras que o ser humanos enfrentam e conseguem vencer com êxito. Sentindo sempre o presente para rememorar e mirar o futuro, ambos com seus aspectos bons e maus.