PLANETA EM MOVIMENTO

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

TEMPORAL DEIXA RIO DEBAIXO DÁGUA NESTA SEXTA

Carros passam com dificuldade por via na Lagoa, Zona Sul


Ruas e calçadas ficaram submersas. Bairro mais atingido foi a Tijuca

Um temporal de uma hora atingiu o Rio de Janeiro na noite desta sexta-feira. Ruas e calçadas ficaram submersas na Zona Norte, impedindo fluxo de pedestres e automóveis. Pessoas ficaram presas em estabelecimentos comerciais, que também tiveram invasão das águas da chuvas, e o trânsito esteve ruim em vários pontos da cidade. A previsão para o fim de semana é de mais chuva.

Os bairros da Lagoa, Jardim Botânico, Praça da Bandeira, Maracanã e Tijuca tiveram vários pontos de alagamento. O Rio Maracanã transbordou e, segundo o Alerta Rio, a Tijuca foi o bairro com maior concentração de chuva entre 18h e 19h. Na região da Praça Afonso Pena e Largo da Segunda-Feira , em menos de meia hora as águas tomaram ruas e calçadas formando uma grande piscina.

Pedestres tiveram a opção de esperar o temporal passar ou se arriscar nas ruas submersas. Na rua Campos Sales, próximo a Praça Afonso Pena, pessoas se arriscaram e algumas caíram em um bueiro cuja tampa se abriu com a pressão das águas. Nenhuma teve ferimento grave. Quem optou por se proteger, foi obrigado a esperar dentro de bares , salões de cabeleireiros e lanchonetes para evitar molhar os pés com as águas sujas. Passageiros que desembarcaram do Metrô na Estação Afonso Pena não conseguiram deixar as escadas de acesso por conta do nível das águas. Mas em alguns casos se proteger nada adiantou.

Na rua Haddock Lobo, vários estabelecimentos foram invadidos pelas ondas formada pela chuva, que aumentavam cada vez que um ônibus ou caminhão passavam. Segundo o freqüentador de um bar nesta via, quando chove forte é constante a água cobrir a calçada. O nível foi tão alto que rodas de kombis estavam quase escondidas e carros de passeio com água até a metade.

Muitos motoristas evitaram trafegar em meio às piscinas que se formaram. Automóveis e ônibus ficaram durantes vários minutos parados na Rua Doutor Satamini,na Tijuca, esperando as águas abaixarem. Passageiros de pontos adiante tiveram de aguardar o escoamento para que a condução pudesse trafegar normalmente. O trânsito se complicou e também falou luz no local.

Por causa das fortes chuvas o aeroporto Santos Dumont, no centro, ficou 30 minutos parado. O Aeroporto Internacional Tom Jobim teve de operar com a ajuda de aparelhos. De acordo com a Defesa Civil não houve registro de nenhum acontecimento grave no município, apesar de ter trabalhado durante a noite em estado de atenção.

Segundo o Instituto Nacional de Metereologia( Inmet), a previsão é de tempo encoberto neste sábado , com chuvas e trovoadas na Região Metropolitana. A temperatura deve ficar mais branda , entre 19C e 31 C. Temporais iguais aos de hoje( sexta), estão previstos para todo o atual verão, cujas tempestades , segundo pesquisa, devem vir mais concentradas e mais fortes.
Foto: Daniella Clark – G1

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SEM GÁS HÁ UM MÊS E MEIO, MATO GROSSO ESPERA PELA ESTABILIDADE DO MERCADO

UTE Mário Covas. Parada desde 2007 por falta de gás

Comerciantes e taxistas somam perdas. Petrobras é sondada para trazer melhoras ao mercado de gás natural

Já são mais de 45 dias sem o suprimento de gás natural em Mato Grosso, desde que a estatal de gás estadual MT Gás – que detém o controle de explorar a distribuição de gás e a operação da rede– suspendeu judicialmente o contrato de transporte da GasOcidente. Os transtornos pela falta do insumo atingiu diversos segmentos consumidores, sendo os mais atingidos o termelétrico, industrial e veicular. O corte de gás ocorreu três meses após a assinatura do governo estadual com a Bolívia para receber o insumo pelos próximos dez anos.

O acordo firmado entre os governos promoveu um incentivo entre muitos mato-grossenses de optar pelo gás em seus negócios e veículos. Alguns donos de postos investiram milhares de reais para adquirir equipamentos e muitos taxistas, na conversão de seus carros. Com o corte no mês passado, os prejuízos só aumentaram para eles. Os taxistas são obrigados a optar por outro combustível mais caro e, consequentemente, o movimento nos postos é pequeno; em nada compensando a conversão e compra de equipamento para abastecer com o combustível gasoso.

Para os donos dos postos a preocupação é maior. Eles alegam que, por conta da instabilidade, os motoristas que antes estavam pensando em converter seus automóveis agora desistirão de vez. Segundo os proprietários, eles investiram no gás natural por causa da certeza do abastecimento com a assinatura entre Bolívia e Mato Grosso, mas o cenário positivo e a espera de lucros se transformaram em preocupação de as despesas terem sido em vão.

A expectativa é da volta do abastecimento ao estado a qualquer momento, já que governo e GasOcidente já se acertaram. De acordo com o presidente da MT Gas , Helny de Paula, com a retomada do gás o preço do metro cúbico não sofrerá reajustes , se mantendo em R$ 1,49. A planta da Sadia, alimentada com o insumo, também comprará o metro cúbico pelo mesmo preço.

O acordo de entendimento emergencial entre governo e GasOcidente, no entanto, prevê que a empresa possa continuar operando apenas até dia 31 de janeiro. A GasOcidente crê na solução em um acordo definitivo. Em caso negativo, a partir do dia primeiro de fevereiro o estado teria estoque de gás por seis meses, tempo máximo para firmar contrato com outra empresa de distribuição.

O interesse do governo de Mato Grosso é vender a MTGás para a Petrobras, como afirmou semana passada em Brasília o governador Blairo Maggi. No dia anterior, a senadora Serys Marly( PT/MT) havia proposto a Maggi a venda para a Companhia , alegando que traria o fim dos problemas de oferta de gás natural. Além do GNV assegurado, uma planta da Sadia não sofreria com os transtornos da instabilidade e a Usina Termelétrica Mário Covas , parada desde 2007, poderia voltar a operar e gerar 400 MW/H( a termelétrica também será oferecida à Petrobras).

Para que o negócio possa dar certo, fora as duas partes interessadas diretamente, governo federal e a Assembléia Legislativa do estado têm de dar aval, reconhecendo a viabilidade e necessidade do negócio. O ministro das Minas e Energia ,Edison Lobão, e a chefe da Casa Civil ,Dilma Roussef, de acordo com Maggi, se comprometeram a encaminhar a proposta internamente no âmbito da União.

Com a aquisição da Petrobras, de acordo com as expectativas dos políticos mato-grossenses, o mercado de gás natural irá finalmente se desenvolver no estado. A maior garantia de oferta contínua, segundo acredita Serlys Marly, irá incentivar a adesão de novos consumidores de gás e , com a termelétrica, atrair industrias que buscam fornecimento garantido de energia.

Fontes: Diário de Cuiabá, Expresso MT, Mídia News e site da MT Gás.