Obama defende investimentos em energia limpa durante discurso
Ele avaliou que será difícil aprovar plano de combate a mudanças climáticas. Mas Congresso deveria estabelecer metas de energia sustentável, disse.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu investimentos em energia limpa durante o discurso sobre o Estado da União, para o Congresso americano, na madrugada da quinta-feira (25). Ele focou principalmente em gás natural, mas também citou energia solar e eólica.
"A melhor maneira de economizar dinheiro é gastando menos energia. O desenvolvimento do gás natural irá criar empregos em fábricas mais limpas e baratas, para que não precisemos escolher entre meio ambiente e desenvolvimento", disse ele.
Quanto à exploração de gás, Obama disse que é preciso garantir que não haja riscos para a saúde ou segurança dos cidadãos americanos. O aumento da extração do recurso gera preocupações, devido a denúncias de contaminação da água durante a perfuração do solo.
Obama também avaliou que será difícil o Congresso americano aprovar um plano de combate às mudanças climáticas. No entanto, a casa deveria estabelecer pelo menos metas para produção de fontes energéticas sustentáveis. Em 2011, não avançou no Congresso uma proposta de Obama para estabelecer percentuais de energia limpa que deveriam ser atingidos até 2035.
“As diferenças existentes nessa casa [o Congresso americano] podem ser muito profundas nesse momento para aprovar um plano compreensivo para combater o aquecimento global. Mas não existe razão para o Congresso não estabelecer pelo menos um padrão de energia limpa que crie mercado para inovação”.
Segundo Obama, seu governo vai desenvolver projetos de energia solar e eólica de 10 gigawatts em terras públicas. Além disso, o Departamento de Defesa vai adquirir um gigawatt de energia renovável - somente a Marinha vai comprar capacidade energética suficiente para fornecer energia para 250 mil casas por ano.
O presidente também garantiu que vai continuar a desenvolver a energia solar, apesar do colapso da fabricante de painéis solares Solyndra, em 2011, que recebeu um empréstimo de US$ 535 milhões do governo. A falência da empresa motivou críticos a questionar se o governo deveria ou não apoiar empresas energéticas.
“Algumas tecnologias não se desenvolvem, algumas companhias entram em falência”, disse Obama. “Mas eu não vou me afastar das promessas de energia limpa... eu não vou abrir mão da indústria de energia solar, eólica ou de bateria para a China ou a Alemanha porque nós nos recusamos a assumir os mesmos compromissos nos Estados Unidos”.
Fonte: G1
Imagem de (Brendan Smialowski / AFP)
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