PLANETA EM MOVIMENTO

domingo, 24 de maio de 2009

VÍRUS ATACA LIBERTADORES

São Paulo, time do apito amigo, se beneficia na competição


O vírus atacou o futebol, em um das suas mais importantes competições internacionais. Em virtude da Gripe A, dois times mexicanos foram desclassificados da Copa Libertadores da América, avisou ontem a Comebol. A decisão não veio porque os jogadores estão com a doença, mas pela própria escolha das duas equipes. Estranho não? Chivas e San Luis rejeitaram a proposta da Comebol de jogarem as oitavas de final da competição apenas na casa dos adversários, ou seja, em território inimigo e, portanto, desfavorável. Os dois times que saíram beneficiados foram o São Paulo e o Nacional do Uruguai.

A enfermidade que teria surgido em um corpo suíno levou pessoas à morte e está deixando muitas de cama. Em razão do desconhecimento das características do novo vírus muitas precações estão sendo tomadas, beneficiando a saúde de milhões de seres humanos , mas prejudicando a economia de cidades e países; sobretudo o México. Com a epidemia anunciada há semanas pela OMS, eventos esportivos foram incluídos nas medidas de segurança, com jogos se realizando sem torcidas.Para evitar possíveis contaminações.

Buscando proteger populações de outros Estados, a Comebol havia adiado as partidas entre Chivas x São Paulo e San Luis x Nacional no México. Mas ontem a entidade cancelou de vez ambos os embates na América do Norte e manteve apenas os que seriam realizados no Brasil e no Uruguai. Os Chivas e o San Luis não gostaram da decisão e enviaram um recado dizendo que desistiriam de continuar na Copa.

Era previsível o desgosto dos clubes mexicanos perante a resposta da Comebol, que agiu em beneficio explícito, intencionalmente ou não, a favor de São Paulo e Nacional. A preocupação da entidade para com a saúde dos jogadores e da população que poderia se contaminada indiretamente se justifica plenamente. Mas a solução apresentada para os dois jogos de mata-mata pelas oitavas de final não poderia ser pior.

Em vez de oferecer um ou dois jogos no Brasil e no Uruguai, simplesmente, a Comebol tinha opções melhorem que foram descartadas ou sequer cogitadas. Já que Chivas e San Luis estavam impossibilitados, sem merecimento, de jogar em seus estádios, a alternativa mais sensata seria duas partidas a serem realizadas em campo neutro, onde todos os quatro times estivessem longe de suas torcidas. A Alternativa número dois seria os dois confrontos serem disputados no Brasil e Uruguai com quantidade de ingressos para uruguaios, brasileiros e mexicanos em igual proporção, com a ajuda da entidade na compra da passagem de avião para os torcedores do Chivas e San Luis. Mas tal atitude jamais aconteceria. São Paulo e Nacional, os sortudos da América, entrariam com reclamações inflamadas.

Os times paulistano e uruguaio, com a classificação automática para as quartas de final, pouparão viagens e conseqüentemente, gastos e desgastes –– e receberão uma quantia em dinheiro entregue para os que avançam de fase. Todos os presentes entregues de bandeja. Mas os mimos não acontecem pela primeira vez com São Paulo, time que vem sendo agraciado, e muito, no Campeonato Brasileiro. Esse ano começou com a mesma pinta de 2008, com erros da arbitragem em seu favor.

A equipe do Morumbi aparenta manter um conchavo com principalmente com bandeirinhas. Em vários jogos do ano passado, impedimentos foram equivocadamente marcados para o hexacampeão. Nas duas primeiras rodadas da série A 2009, as únicas até agora, nos dois jogos do tricolor paulista ele foi beneficiado. Contra o Fluminense um gol legítimo do time carioca foi anulado. A alegação foi um impedimento, inexistente. No domingo passado, em partida contra o Atlético Paranaense, um pênalti inventado deu a oportunidade para a equipe de Murici Ramalho empatar em 2 a 2. Um ponto conquistado sem justiça, um saldo negativo de gols também injusto.

Se o décimo segundo atleta de Flamengo e Corinthians é a torcida, para o São Paulo ultimamente a camisa doze é do apito amigo. Um dos motivos para os erros da arbitragem é a linha de impedimento feita pelo tricolor paulista em praticamente ou em todos os jogos. Joga na retranca e faz a enganosa linha que falha, mas é aceita pelos juízes. Mas sem tanto merecimento, continua a caminhar nas competições que disputa. Um time de sorte, com boa organização e muito dinheiro. Gripe nem pensar.


domingo, 17 de maio de 2009

FALTAM EMBRULHOS NA GÁVEA


Um ataque para deixar qualquer torcida irritada. Pelo terceiro jogo consecutivo o Flamengo sai de campo sem marcar sequer um gol, diante de várias situações criadas e de dominar o adversário. Embora tenha apresentado desempenho inferior ao demonstrado contra Inter e Cruzeiro, o time da Gávea criou chances suficientes para uma goleada em cima do Avaí. Josiel perdeu oportunidades incríveis.
De frente para o gol, o atacante titular da partida de ontem protagonizou façanhas. Lançar para fora bolas que atacantes dignos de serem chamados assim colocariam dentro da meta. Em ótimas jogadas do time rubro negro, Josiel recebeu de cabeça e em seus pés presentes quase embalados. Porém, por ser despossuído de habilidade suficiente para embrulhá-los, ganhou os presentes e jogou longe das redes.
A zaga novamente se destacou, assim como Bruno, Toró e Juan. Todos eles se mantiveram bem durante os 90 minutos, exceto em uma brincadeira do goleiro rubro-negro ao querer driblar um jogador ofensivo do Avaí, que por pouco terminou mal. Angelim, Willians e Aírton foram seguros, raçudos e talentosos e impediram que o castigo pelo desperdício do ataque se concretizasse –– como aconteceu domingo passado em BH. Os zagueiros se sobressaírem até em jogadas ofensivas, em belos lances de ligação para a grande área da equipe catarinense.
Angelim –– presenteado ontem merecidamente com seu rosto estampado em uma facha –– e seus companheiros de defesa seguraram perigos impostos por falhas do Flamengo no meio de campo. Provocadas principalmente por Erick Flores e Léo Moura. Ambos jogaram mal. O primeiro perdia muito a posse de bola, embora estivesse correndo bastante. Léo, no entanto, aparentava cansaço e se manteve boa parte da partida parado e sem marcar os adversários.
A torcida flamenguista agüentou por um tempo e meio, aproximadamente, a incapacidade do ataque e os maus desempenhos. A paciência sobretudo com Josiel pouco se extrapolou enquanto ele participava do jogo. Quando em sua substituição, foi vaiado em coro. Quem entrou em seu lugar nada fez, pois o time perdeu rendimento na frente com a saída errada de Ibson para a entrada de Flores. Com o 0 a 0 , uma vaia final fechou o descontentamento da maior torcida do país.
A entrada de Alex, substituto do desperdiçador de gols, foi a melhor opção de Cuca perante peças de reposição mais famosas. Obina, Max –– que acabou entrando e também nada fez, como de praxe –– são ruins em 90% de suas aparições nos gramados. Emerson e Zé Roberto estão, no Flamengo, sem o brilho que irradiavam em outras equipes. Talvez fosse melhor, pelo resultado, descansar o time titular e ter posto reservas e alguns garotos crias da casa.
Um empate com o Avaí apenas agradou os catarinenses, que compareceram expressivamente no Maracanã. Mas a igualdade do placar foi mérito exclusivo da equipe de Cuca, pois a de Florianópolis pouco ofereceu resistência. O Avaí foi fraco e , para conter a pressão adversária, cometeu faltas que o juiz cego não viu. Segundo o blog de Juca Kfouri o visitante teve um pênalti não marcado. Se a equipe azul e branca foi injustiçada, o mandante também foi com um pênalti não assinalado a seu favor e por simulações teatrais dos atletas/atores que não ganharam cartão.
Nos lances em que o Avaí simulava infrações cometidas pelo rubro-negro, a torcida catarinense apoiava–– papel de quase todas elas. Os torcedores do Avaí estiveram com cantos na ponta da língua e com coreografia nas palmas das mãos, batidas com os braços estendidos acima da cabeça. Assim que o apito de encerramento soou, o movimento e as vozes da parte azul e branca do estádio comemoraram o retorno do Avaí aos jogos fora de casa do Brasileirão série A. Com um ponto que o ataque rubro-negro deu de presente, sem embrulho mas muito bem vindo.

ESTRUTURA E SERVIÇO DO MARACANÃ (MÁRIO FILHO)

O orgulho que faltou do time por completo ficou para a organização do Mário Filho. A segurança no estádio era visível, não houve brigas, o serviço médico estava a postos e a educação de funcionários exemplar. Várias pessoas, com a camisa da Suderj , ficam de pé ao final do jogo desejando boa noite e boa viagem, com sorrisos, aos torcedores animados e desanimados.
Uma reclamação a ser feita são os preços dos alimentos dentro do Maracanã, embora eles sejam compreensíveis. Um cachorro quente simples custa R$ 4. Os valores bastantes salgados devem ajudar a manter os altos gastos e o serviço de primeiro mundo. Vale à pena para quem pode. Mas a Suderj permite a entrada de alimentos comprados fora. Então comida não é empecilho para curtir O e no Maracanã.

domingo, 10 de maio de 2009

BRASILEIRÃO DE PROMESSAS




As emoções dos campeonatos estaduais passaram e a nova expectativa de muitos clubes e torcedores se volta ao campeonato brasileiro. Antes do maior competição nacional se iniciar, apostas são feitas e favoritos são apontados para levantar o título.Uma das características da edição 2009 do Brasileirão será a presença de três craques que fizeram sucesso no exterior e voltaram aos gramados tropicais.
Ronaldo, Adriano e Fred são as grandes apostas de seus respectivos clubes, Corinthians, Flamengo e Fluminense uma boa campanha. Mas dentre eles, Fred ainda não desencantou e Adriano é uma incógnita. Ronaldo é o único a constatar que as expectativas lançadas são válidas. A quantidade e a beleza dos gols marcados nos últimos jogos levaram corintianos e outros torcedores a vibrar pela volta de um craque, possível destaque para o timão impedir o tricampeonato são Paulino.
A equipe de Muricy Ramalho, apesar de praticar um anti-jogo, pelas constantes retrancas e formações de linha de impedimento, é a grande aposta para ganhar o campeonato. O clube possui peças de reposição, conta com um cofre cheio e é um dos mais organizados do país. A experiência das duas últimas edições de sucesso serve para o planejamento atual e consiste-se em um fator de peso para garantir o respeito diante dos adversários–– embora pelo seu estilo de jogo não mereça tanto.
Tricolor, mas com menos recursos financeiros, o Grêmio, garfado ano passado pelas arbitragens que favoreceram o time do Morumbi, entra no Brasileirão embalado com a ótima campanha na Copa Libertadores. Em 2008 o elenco sem estrelas conseguiu sustentar o equilíbrio que, caso não seja assaltado novamente, tem plenas chances de abocanhar a mais alta posição do futebol nacional. O Cruzeiro, embora tenha tropeçado e ficado em terceiro lugar ano passado pelas suas próprias pernas, assim como o Grêmio vai bem na Libertadores e dará trabalho para os demais pretendentes.
O Flamengo precisará se manter sem altos e baixos para conquistar o Hexa. Caso consiga se manter estável –– ausência que lhe tirou a oportunidade de se manter na ponta na última edição do campeonato brasileiro –– baterá de frente com mineiros, gaúchos e paulistas. A zaga do rubro-negro, mesmo sem Fábio Luciano, as laterais e o meio campo são de qualidade. Com Zé Roberto retornando com seu brilho e o “Imperador” afinado, o ataque flamenguista, o grande problema atual, reforçará a boa previsão.
Parecido nas inconstâncias flamenguistas ao longo da competição, como demonstrou nos últimos dois anos, o Palmeiras está armado com equipe ameaçadora com a retaguarda de um pentacampeão do Brasileiro, Luxemburgo. A arrancada na Libertadores deu um novo ar e uma nova tonalidade ao Verdão, ratificando a cor da esperança, aplicada para se chegar ao topo da América e por que não do Brasil?
O Internacional, porém, pelas preferências nos bolões dos fãs de futebol, impedirá todos os concorrentes de darem a volta olímpica. D´Alessandro, Nilmar, Magrão , seus companheiros e Tite estão convencendo na arte dos gramados. No Gaíchão e no mata a mata da Copa do Brasil, a estrutura de jogo do último brasileiro campeão mundial , somente pela expectativa do público e crítica, imporá um certa cautela para quem estiver se defendendo ou os atacando.
Os três novatos na série A são uns dos favoritos a cair para a segundona. Grêmio Barueri, Santo André e Avaí junto com Atlético Mineiro e Náutico deverão lutar até as últimas rodadas para evitar a degola. O time de Minas, apesar de ter chegado a final do estadual, manifestou fraqueza de um esquema ou elenco na goleada para o arqui-rival e na desclassificação na Copa do Brasil para o Vitória. Mas as previsões nem sempre acontecem.
As emoções da edição do ano passado do Brasileirão provocaram suspense do começo ao fim das rodadas. O Grêmio, que vinha de um mau desempenho no Gaúchão de 2008, sem crédito nenhum para fazer uma bela participação na série A, incomodou muito e somente desgarrou as mãos do título pela manteiga posta pela arbitragem. Os pontos corridos, após reclamações da frieza pela falta de mata-matas, testificaram que, por ponto a ponto, a tensão continua e cada rodada, principalmente as últimas, ganha uma importância de decisão.
Os craques que estão este ano representando vários dos grandes clubes do país proporcionarão um campeonato forte, talvez o melhor da nova era da série A. Ligar a televisão ou ir aos estádios ––em paz–– será um programa recomendado para quem gosta de assistir a arte. As pinturas de Ronaldo, as belas táticas dos técnicos e a afinação e qualidade de outros jogadores porão impressionismos e expressionismos nas telas de meio e final de semana nos gramados do sul ao nordeste.

domingo, 3 de maio de 2009

VOLTE PARA SUA TERRA



Você já ficou sentado em meio à sala de aula e quase não reparou em seu colega do lado? No entanto, ficou visualizando a classe quase inteira e prestou atenção em alguns alunos específicos distantes de você? Inúmeras pessoas convivem tão próximas, mas sequer se conhecem ou se dão o devido valor. Acontece em turmas de colégio, no ambiente de trabalho e em âmbito familiar. Geralmente busca-se algo longe sem perceber a preciosidade que está a poucos metros de distância diariamente.
Inúmeros romances se iniciam anos de amizade depois, pois durante todos esses anos os olhos nunca bateram em uma das pessoas em que mais se confia. Menino e menina andam sempre juntos na escola, trocando confidência e desabafando sobre as paqueras e paixões. Os colegas dizem que rola um namoro, mas os dois retrucam que são somente bons amigos. Nunca se imaginam trocando beijos. Namorar estragaria a relação amistosa.
O tempo passa, o casal procura daqui e de lá um amor e não dá certo. Cada qual faz elogios aos belos pretendentes. A menina aponta os gatos e o menino as gatas. Mas são incapazes de enxergarem um ao outro como um casal de namorados. Passando-se anos, uma pedra bate na cabeça ou algo estala no cérebro e cai a fixa que o verdadeiro amor esteve ao lado por muito tempo sem percepção de nenhum dos dois.
Nos relacionamentos amorosos a cegueira para com o companheiro pode culminar em uma pior. Em milhares de casos a esposa é fria com o esposo ou vice-versa ou um dá pouca atenção para o outro. É muito freqüente reclamações do tipo “meu marido só vive para beber com os amigos do bar, nem liga pra mim”. Se depois de muita conversa o beberrão do marido não se conserta, certas mulheres pedem o divórcio. Acabado o casamento, muitos maridos se arrependem e percebem, tarde, o quanto sua esposa era especial e ele não atentava.
Muitos seres humanos carregam a mania de lançar seus momentos de prazer maior fora de seu ambiente ou de sua rede de convivência. Pelo Brasil afora programas televisivos eventualmente mostram a paixão de fãs pelos seus ídolos. Geralmente são mulheres loucas pelos seus artistas e que fazem de tudo para conseguirem vê-los ou comprar produtos relacionados a eles. No entanto, parcela delas tem filhos pequenos, que ficam com avós ou tios durante dias e dias.
As crianças acabam criando apego maior com os demais familiares do que com a própria mãe. As “fãnáticas” deixam de comprar roupas, brinquedos e até alimentos para seus filhos e perdem parte da etapa do crescimento deles. Quando viram adolescentes, as crias sentem um amor maior por quem passou mais tempo com elas e não respeitam a mãe biológica como tal, para arrependimento delas. Embora o exemplo pareça ser absurdo demais, a displicência para com os próximos é mais comum do que se imagina.
Com o advento e o avanço da internet, as pessoas estão se relacionando virtualmente em espaços que não os seus e abandonando a convivência concreta ao redor. As salas de bate-papo e os MSNs da web participam de uma nova etapa da comunicação da humanidade. Milhões de adolescentes ao invés de saírem para rua e conversar com seus amigos, entram na internet e teclam com pessoas jamais vistas pessoalmente e de lugares longínquos.Depois reclamam de não terem se apaixonado ou amado ninguém. Embora alguns consigam namorar e até casar somente tendo se falado pela rede mundial de computadores.
Há homens e mulheres, jovens e idosos, que utilizam a web não apenas para bater-papo, mas sim viajar pelas paisagens, culturas e notícias do exterior ou de cidades dentro de seu próprio país. É um grupo de seres humanos que passa grande parte de sua vida conectada, porém desligada do que acontece em sua própria vizinhança. Se o UOL, o G1 e o Terra não informarem o que acontece no quarteirão, nada será conhecido. Um dos motivos para a alienação para com seu próprio local de moradia é o menosprezo por ele e a adoração por outros lugares.
O povo brasileiro está cheio de indivíduos inseridos nesse último quadro. Valorizam demasiadamente Paris, Nova York, Milão e Madrid, mas abrem a boca para lamentar e falar mal da terra em que nasceram e pisam. Para tentar esquecer a realidade brasileira concentram-se no exterior e não contribuem para a melhora do Brasil. Dando as costas ao seu alderedor, ele começa a apresentar problemas oriundos da falta de cuidado. Para qual “Estado” geográfico, humano–– ídolos do futebol e TV–– ou de práticas –– esportes–– os brasileiros estão se preocupando?
A passividade frente à política corrupta do país somente tem explicações quando se assume que os tupiniquins são otários ou dão importância a outros assuntos. Habita-se no mundo das novelas, das escolas de samba, do Big Brother Brasil; em bolhas invisíveis e suficientes para o tratamento da política, essencial para o dia-a-dia de qualquer ser humano, como banalidade. Se todos os brasileiros estivessem comprometidos com sua terra natal, descobririam as preciosidades que não desfrutam.
O tesouro pode estar debaixo de seus pés.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

ATCHIM! E O MUNDO MUDA

EDIÇÃO ESPECIAL
Gripe Suína mexe com a rotina planetária e imprensa se aproveita

Repentinamente e pronto! Manchetes e mais manchetes de um mesmo assunto. Atenção geral da população com vários focos de apreensão. A notícia do surgimento da Gripe Suína se espalhou pelo mundo e virou assunto dos últimos dias. Os perigos de contaminação da doença estão sendo vigiados mundialmente e várias medidas estão sendo sabiamente tomadas para evitar uma pandemia. Enquanto a maior contaminação se dá mentalmente com a transmissão do clima de tensão.
A imprensa mundial desde sexta-feira dá cobertura especial ao desenvolvimento da Gripe Suína. Capas de jornais impressos e destaque nos sites e nos telejornais, as informações de mortes e de aumento no número de pessoas com a doença entra em variados recintos brasileiros. Fala-se e comenta-se sobre as possibilidades da gripe se espalhar pelo mundo e atingir milhões de seres humanos, matando tanto quanto outras epidemias ou pandemias.
Os jornalistas, empurrados pela política capitalista, carregam palavras nas coberturas sobre a doença. De uma maneira implicitamente desejosa em gerar um certo pânico, por sua vez fomentando uma procura incessante por informações. A ser buscadas onde? Nos jornais. Um pequeno sensacionalismo geralmente interfere de forma favorável na vendagem, na audiência. Os próprios mexicanos, esta semana, reclamaram do alarde.
Eles disseram que o momento do país não é para a uma preocupação do tamanho da qual é demonstrada por autoridades e pela imprensa. Mexicanos apontaram que ano passado um número enorme de seus compatriotas, 14 mil, morreram devido a um outro tipo de gripe sem ter havido uma mobilização, tal como a atual, para tentar combater e debater a gripe de 2008. As razões para uma gripe ser “privilegiada” em detrimento de outra está claro.
A Gripe Suína matou um número considerável de pessoas, 68 primeiramente. Migrou para os EUA, ação com a qual a sirene apitou. Virou de fato internacional, atingindo mais de um continente. A sirene aumentou o volume. Descobriram ser ela inédita, para a qual tem medicação nenhuma –– exceto acompanhamento médico. A emergência entrou em funcionamento. Sem medicação e previsão de suas possíveis conseqüências por ser nova, associaram seus efeitos, por hipótese, a de epidemias e pandemias que assolaram a humanidade. A imaginação dos seres humanos pelo globo , com toda a carga de informações negativas , viaja e teme pelo mal.
No entanto, se a imprensa colabora para o medo, ajuda com informações para uma doença que pode se tornar um grande perigo. Usando de alarde, o cuidado necessário para se precaver e se tratar aumenta e é facilitado. Todo o conhecimento que a maioria das pessoas obtêm sobre a Gripe Suína H1N1 foi por meio dos jornais impressos e eletrônicos. Junto às autoridades, eles estão rapidamente indicando as maneiras mais eficazes de evitar uma pandemia –– o pior nível da doença, ou seja, quando ela é transmitida de pessoa para pessoa em mais de dois países da Terra.
Todas as emissoras de televisão e demais mídias brasileiras com a ANVISA estão informando precauções, procedimentos para pessoas com os sintomas da doença, andamento das descobertas e dos casos acerca do vírus H1N1, e noticiando sobre as agendas nacionais e globais. Uma prestação de serviço, na qual inclui a citação dos sintomas. Febre alta, cansaço, dor nos músculos e articulações, tosse , dor de cabeça e irritação nos olhos são suspeitas da Gripe em questão , sintomas semelhantes aos das gripes comuns.
Tamanho foi o alcance das informações da ação do vírus híbrido, o qual contém material genético de humanos, aves e porcos, que governos de Américas, Europa e Ásia empreenderam medidas rápidas e rígidas para proteger suas populações. Os japoneses, apesar de sequer uma suspeita da Gripe, estão utilizando máscaras em massa pelas ruas. Chefes de Estados proibiram viagens para o México e presidente e primeiros ministros aconselham evitar o destino mexicano. Em alguns aeroportos estrangeiros máquinas , à distância, detectam a temperatura do corpo. Se elevada torna-se causa para análise médica.
A mudança de rotina da humanidade, no hemisfério norte e sul, do ocidente ao oriente, fruto dos males da globalização, atingiu seu ponto alto no local de surgimento do vírus. Eventos públicos foram proibidos no México, escolas foram fechadas e as ruas da cidade mais populosa da América Latina se esvaziaram atipicamente. As partidas de futebol, tristemente, são realizadas sem os gritos das torcidas. Rodeado pelo avanço das tecnologias, os homens se escondem amedrontados por microscópicos seres.