PLANETA EM MOVIMENTO

domingo, 17 de maio de 2009

FALTAM EMBRULHOS NA GÁVEA


Um ataque para deixar qualquer torcida irritada. Pelo terceiro jogo consecutivo o Flamengo sai de campo sem marcar sequer um gol, diante de várias situações criadas e de dominar o adversário. Embora tenha apresentado desempenho inferior ao demonstrado contra Inter e Cruzeiro, o time da Gávea criou chances suficientes para uma goleada em cima do Avaí. Josiel perdeu oportunidades incríveis.
De frente para o gol, o atacante titular da partida de ontem protagonizou façanhas. Lançar para fora bolas que atacantes dignos de serem chamados assim colocariam dentro da meta. Em ótimas jogadas do time rubro negro, Josiel recebeu de cabeça e em seus pés presentes quase embalados. Porém, por ser despossuído de habilidade suficiente para embrulhá-los, ganhou os presentes e jogou longe das redes.
A zaga novamente se destacou, assim como Bruno, Toró e Juan. Todos eles se mantiveram bem durante os 90 minutos, exceto em uma brincadeira do goleiro rubro-negro ao querer driblar um jogador ofensivo do Avaí, que por pouco terminou mal. Angelim, Willians e Aírton foram seguros, raçudos e talentosos e impediram que o castigo pelo desperdício do ataque se concretizasse –– como aconteceu domingo passado em BH. Os zagueiros se sobressaírem até em jogadas ofensivas, em belos lances de ligação para a grande área da equipe catarinense.
Angelim –– presenteado ontem merecidamente com seu rosto estampado em uma facha –– e seus companheiros de defesa seguraram perigos impostos por falhas do Flamengo no meio de campo. Provocadas principalmente por Erick Flores e Léo Moura. Ambos jogaram mal. O primeiro perdia muito a posse de bola, embora estivesse correndo bastante. Léo, no entanto, aparentava cansaço e se manteve boa parte da partida parado e sem marcar os adversários.
A torcida flamenguista agüentou por um tempo e meio, aproximadamente, a incapacidade do ataque e os maus desempenhos. A paciência sobretudo com Josiel pouco se extrapolou enquanto ele participava do jogo. Quando em sua substituição, foi vaiado em coro. Quem entrou em seu lugar nada fez, pois o time perdeu rendimento na frente com a saída errada de Ibson para a entrada de Flores. Com o 0 a 0 , uma vaia final fechou o descontentamento da maior torcida do país.
A entrada de Alex, substituto do desperdiçador de gols, foi a melhor opção de Cuca perante peças de reposição mais famosas. Obina, Max –– que acabou entrando e também nada fez, como de praxe –– são ruins em 90% de suas aparições nos gramados. Emerson e Zé Roberto estão, no Flamengo, sem o brilho que irradiavam em outras equipes. Talvez fosse melhor, pelo resultado, descansar o time titular e ter posto reservas e alguns garotos crias da casa.
Um empate com o Avaí apenas agradou os catarinenses, que compareceram expressivamente no Maracanã. Mas a igualdade do placar foi mérito exclusivo da equipe de Cuca, pois a de Florianópolis pouco ofereceu resistência. O Avaí foi fraco e , para conter a pressão adversária, cometeu faltas que o juiz cego não viu. Segundo o blog de Juca Kfouri o visitante teve um pênalti não marcado. Se a equipe azul e branca foi injustiçada, o mandante também foi com um pênalti não assinalado a seu favor e por simulações teatrais dos atletas/atores que não ganharam cartão.
Nos lances em que o Avaí simulava infrações cometidas pelo rubro-negro, a torcida catarinense apoiava–– papel de quase todas elas. Os torcedores do Avaí estiveram com cantos na ponta da língua e com coreografia nas palmas das mãos, batidas com os braços estendidos acima da cabeça. Assim que o apito de encerramento soou, o movimento e as vozes da parte azul e branca do estádio comemoraram o retorno do Avaí aos jogos fora de casa do Brasileirão série A. Com um ponto que o ataque rubro-negro deu de presente, sem embrulho mas muito bem vindo.

ESTRUTURA E SERVIÇO DO MARACANÃ (MÁRIO FILHO)

O orgulho que faltou do time por completo ficou para a organização do Mário Filho. A segurança no estádio era visível, não houve brigas, o serviço médico estava a postos e a educação de funcionários exemplar. Várias pessoas, com a camisa da Suderj , ficam de pé ao final do jogo desejando boa noite e boa viagem, com sorrisos, aos torcedores animados e desanimados.
Uma reclamação a ser feita são os preços dos alimentos dentro do Maracanã, embora eles sejam compreensíveis. Um cachorro quente simples custa R$ 4. Os valores bastantes salgados devem ajudar a manter os altos gastos e o serviço de primeiro mundo. Vale à pena para quem pode. Mas a Suderj permite a entrada de alimentos comprados fora. Então comida não é empecilho para curtir O e no Maracanã.

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