PLANETA EM MOVIMENTO

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PARA BARRAR A ALTA DA GASOLINA




Para ajudar o bolso do consumidor, o governo retirou provisoriamente um dos impostos que incide sobe o preço da gasolina. A medida se dá depois que se percebeu que haveria aumento do preço do combustível após a diminuição do percentual de álcool de 25% para 20%– combustível mais barato. Assim, o governo evita gerar oscilação da gasolina e a inflação com conseqüências em boa parte da economia.


Na segunda-feira da semana passada, em vários estados, quando começou a validar a menor mistura, o preço da gasolina começou a ameaçar sinais de alta. Com o corte do imposto, o preço por litro da gasolina fica oito centavos mais barato para as refinarias, o que deve ser repassado para os postos seguindo o objetivo governamental.


A redução de 5% do percentual do biocombustível da cana na gasolina aconteceu por causa da baixa dos estoques de etanol no país. Por causa do período bastante chuvoso, nos dois últimos meses do ano passado, milhares de toneladas de cana não se desenvolveram totalmente para serem comercializadas com a produtividade requerida pelo mercado.


A mistura deve voltar ao percentual anterior quando a próxima safra de cana já estiver disponível para a produção do combustível limpo, em maio. O corte provisório do imposto termina no mesmo período, no último dia de abril. A medida irá gerar um gasto total para o governo de R$ 91 milhões.


Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida evita gerar a oscilação no mercado. Especialistas dizem que é uma maneira de evitar a pressão sobre o índice de preços e evitar a tendência do BC de elevar a taxa básica de juros por conta da inflação. Seria um novo impacto negativo no setor de combustíveis, já que o gás natural se mantém ora com bastante ora com baixa oferta e o álcool registra nos últimos doze meses variações bruscas de preços.


Com a disparada do preço do combustível da cana, encarecendo cerca de 50%em apenas seis meses ao longo de 2009, motoristas perderam a margem de economia com o combustível limpo e passaram a gastar muito mais. A maioria que tem automóvel flex está migrando temporariamente para a gasolina. Se o derivado do petróleo encarecesse ainda mais por conta da diminuição do álcool em sua composição, os efeitos iriam ser sentidos em uma série de outros setores da economia.


O corte do imposto vem em boa hora. Ele evita que os preços principalmente dos alimentos se encareçam ainda mais, como foi registrado no mês de janeiro. Arroz., feijão e açúcar , entre outros gêneros alimentícios, tiveram seus preços inflacionados; os dois primeiros em cerca de 9% e o último em mais de 70% em determinadas cidades como Rio de Janeiro. Hoje o quilo do açúcar refinado custa em média R$ 2,18 nos mercados cariocas, contra R$1,20 que vinha sendo registrado no começo do ano.


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