LIGHT SOB OS HOLOFOTES
A falta de luz virou rotina no Rio depois do último blecaute de proporção nacional. Desde de então, bairros das Zona Norte, Oeste e Sul apresentaram interrupções na transmissão de energia por mais de uma vez. Anteontem, nove bairros ficaram sem luz parcial ou integralmente, sendo que em três deles (Leblon, Ipanema e Lagoa) ela foi restabelecida somente ontem à tarde.
Segundo nota divulgada pela Light os problemas vêm acontecendo em decorrência da forte demanda inesperada de energia (de acordo com a concessionária 10% a mais do que no mesmo período de 2008), à onda de calor e às fortes chuvas, que alagaram galerias subterrâneas. Nos bairros da Zona Sul, três cabos subterrâneos foram danificados e nos demais a possível falha se deu com os transformadores.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio , por causa dos recentes blecautes, vai tentar acelerar um processo que já andava em andamento , o do convênio que passa da Aneel para a Agenersa o poder de fiscalizar a Light. A medida em curso tem o intuito de intensificar o acompanhamento dos serviços da companhia. Segundo, a Aneel, a Ligth registra uma média de interrupções de energia maior que a da região Sudeste.
A Agência reguladora federal deu um prazo até hoje para a Light se explicar. Caso seja verificado que houve problema de manutenção, a concessionária sofrerá advertência sob o risco de ser multada—em até 1% do seu faturamento anual. Desde 2003, a Light acumula multas de 7 milhões de reais, sendo que no ano passado a mais alta do período( 2,8 milhões).
O presidente da companhia, José Luiz Alquéres, disse que a Light vêm trabalhando para melhorar o serviço e que os investimentos nos últimos anos têm sido grandes.Segundo ele, o dobro da média histórica. “Nós investimos muito mais do que o lucro que havíamos tido", mencionou. De acordo com matéria de “O Globo”, a Ligth vem apresentando uma boa saúde financeira, diminuindo suas dívidas e ampliando seus lucros.
Um problema a ser levado em consideração para as constantes faltas de energia, e que contribuiu a crise financeira da Ligth em 2006), é a enorme quantidade de ligações clandestinas na cidade. Nas comunidades carentes, segundo os próprios moradores, a maioria faz gatos de luz. Por consumirem energia de graça, muitos acabam por abusar dos kw consumidos e prejudicam o sistema. Além da cobrança governamental, é preciso que a concessionária tenha segurança para monitorar a rede nas comunidades; para evitar as confusões geradas pelos blecautes.
Clientes da Ligth reclamam da tarifa da energia que sai mais cara do que seria se os gatos não fossem feitos e da constante falta de energia, que traz muitos prejuízos. Somente no bairro do Leblon, o comércio deixou de ganhar mais de 1 milhão de reais; em alguns bairros vários sinais ficaram sem funcionar e a rotina da população, conseqüentemente, sofreu mudanças imprevistas—como sempre acontece quando a luz vai embora de uma hora para a outra.
A preocupação aumenta quando a população lembra que duas grandes competições internacionais acontecerão em menos em sete anos. O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, tenta tranqüilizar os cariocas.Devido aos apagões desta semana a Aneel mandou a Light investir em automação e sistema de controle e , segundo Hubner, deverá haver mais reforços no sistema elétrico e ações operacionais em consonância com o que foi investido para os Jogos Panamericanos. Na época, aumentou-se a geração de energia para desafogar linhas de transmissão.
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