A TOMADA DE GÁS DO SETOR BRASILEIRO
As descobertas do pré-sal têm sido discutidas pelo governo e sociedade. Mas geralmente se esquece que entre os hidrocarbonetos abaixo da camada salina há gás natural; matéria-prima em crescimento no mercado consumidor brasileiro. Hoje a maioria dos estados contam com o gás como combustível. O mercado apresenta potencial de expansão e as recentes reservas encontradas irão elevar a quantidade ofertada. No entanto, falhas na política para o setor estão atrapalhando seu desenvolvimento e trazendo prejuízos.
Milhares de metros cúbicos de gás, há aproximadamente um ano, vêm sendo queimados principalmente pela falta de infra-estrutura de gasodutos. Há campos produtores nas regiões sul, sudeste, nordeste e norte; porém, em certos casos, não há equilíbrio entre oferta e consumo. Há reservas de grande volume, mas que ficam em regiões de baixa necessidade e sem dutos para servir o excedente a localidades necessitadas. Quando a reinjeção do hidrocarboneto nos poços é inviável, a solução é queimá-lo.
O desperdício acaba deixando cidades pujantes em consumo sem a satisfação preenchida. Para evitar que o mesmo ocorra em várias localidades do centro-sul, o Brasil mantêm desde 1999 um acordo com a Bolívia. O governo brasileiro precisa comprar no mínimo, por contrato, 19 milhões de m cúbicos por dia. Parte da importação do país vizinho seria poupada com a malha de transporte dutoviária atendendo as regiões certas. Um problema agravante da política brasileira para o gás é o prejuízo de determinados consumidores quando o volume oriundo de fora é “insuficiente”.
A termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá, está parada há 25 meses por causa da indisponibilidade da Bolívia de enviar o insumo gasoso para a unidade. Hoje tudo que a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) -- a estatal de hidrocarbonetos boliviana -- produz é demandada internamente, pela Argentina e Petrobrás (via gasoduto Gasbol que passa pelo MS). Embora a estatal verde e amarela não venha importando a quantidade mínima, o que vem sobrando a YPFB está abastecendo os outros dois lados. Por situação semelhante a da termelétrica Mário Covas, passaram a AES Uruguaiana e a Sulgás — Companhia de Gás do RS; ambas ficaram de 2006 a 2008 sem serem abastecidas pela a argentina Repsol YPF.
Os projetos em andamento, sobretudo da Petrobrás, e o próprio pré-sal tenderão a diminuir e até dar fim à vulnerabilidade do setor de gás natural. Com a nova fronteira, o potencial de produção brasileira pode dobrar, levando em consideração apenas três áreas avaliadas —Tupi e Iara, na Bacia de Santos, e Parque das Baleias, na Bacia de Santos. As reservas brasileiras pulariam de 14 bilhões de barris de petróleo e gás para 28 bilhões, reduzindo drasticamente a dependência com Evo Morales.
Pensando na grande oferta futura e na presente, a Petrobras trabalha na construção de novos gasodutos. Em andamento está a obra do Gasoduto Gasene, que ligará a malha nordestina a do centro-sul, e está sendo estudada a implementação de gasodutos menores no interior do país. A intenção é dar dinâmica à produção, escoando o excedente da região x para a escassez da região y, ou vice-versa, e atendendo novos possíveis clientes, evitando o desperdício da queima.
A expansão do consumo, segundo a opinião de especialistas do setor, tem fortes chances de ocorrer no ramo veicular. Os carros movidos ao combustível gasoso apresenta, dentre os seus concorrentes diretos — gasolina, álcool e diesel –– o maior valor custo-benefício. Rio de janeiro e Rio Grande do Sul possuem as maiores frotas. Segundo companhias distribuidoras e lojas que trabalham com conversão de automóveis para GNV, há grande interesse de motoristas pelo combustível gasoso, que, segundo elas, ainda não converteram seus carros pela instabilidade do setor.
A vantagem dos veículos movidos a gás está no bolso e na saúde. O hidrocarboneto emite muito menos quantidade de poluentes que a gasolina e diesel, o que lhe dá visão de mercado não apenas para mover motores automotivos. Usinas térmicas a óleo combustível e carvão, por serem duramente taxadas por ambientalistas, deverão ter inúmeras unidades adotando novos insumos—entre os mais cotados está gás, biodiesel e alcool.
O horizonte de mercado para o gás se amplia no Brasil com a projeção da Petrobras de aumentar o número de suas petroquímicas para produção de fertilizantes. Os elementos fundamentais para agricultura são basicamente feitos com uréia e amônia, substâncias que podem ser fabricadas a partir do gás natural. Hoje o país importa a maioria do volume de fertilizantes que utiliza, os quais estão sob o domínio de poucos países que disponibilizam da maneira desejada por eles.
O Brasil, ao desenvolver o setor do hidrocarboneto para melhorar sua condição de abastecimento e carências internas, ajuda direta e indiretamente o mundo. Segundo participantes da Conferência Mundial de Gás, como o presidente da União Internacional do Gás, o Estado brasileiro está fazendo o que o restante dos países precisam fazer daqui para frente; encontrar mais reservas para que garantir o suprimento futuro.
Milhares de metros cúbicos de gás, há aproximadamente um ano, vêm sendo queimados principalmente pela falta de infra-estrutura de gasodutos. Há campos produtores nas regiões sul, sudeste, nordeste e norte; porém, em certos casos, não há equilíbrio entre oferta e consumo. Há reservas de grande volume, mas que ficam em regiões de baixa necessidade e sem dutos para servir o excedente a localidades necessitadas. Quando a reinjeção do hidrocarboneto nos poços é inviável, a solução é queimá-lo.
O desperdício acaba deixando cidades pujantes em consumo sem a satisfação preenchida. Para evitar que o mesmo ocorra em várias localidades do centro-sul, o Brasil mantêm desde 1999 um acordo com a Bolívia. O governo brasileiro precisa comprar no mínimo, por contrato, 19 milhões de m cúbicos por dia. Parte da importação do país vizinho seria poupada com a malha de transporte dutoviária atendendo as regiões certas. Um problema agravante da política brasileira para o gás é o prejuízo de determinados consumidores quando o volume oriundo de fora é “insuficiente”.
A termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá, está parada há 25 meses por causa da indisponibilidade da Bolívia de enviar o insumo gasoso para a unidade. Hoje tudo que a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) -- a estatal de hidrocarbonetos boliviana -- produz é demandada internamente, pela Argentina e Petrobrás (via gasoduto Gasbol que passa pelo MS). Embora a estatal verde e amarela não venha importando a quantidade mínima, o que vem sobrando a YPFB está abastecendo os outros dois lados. Por situação semelhante a da termelétrica Mário Covas, passaram a AES Uruguaiana e a Sulgás — Companhia de Gás do RS; ambas ficaram de 2006 a 2008 sem serem abastecidas pela a argentina Repsol YPF.
Os projetos em andamento, sobretudo da Petrobrás, e o próprio pré-sal tenderão a diminuir e até dar fim à vulnerabilidade do setor de gás natural. Com a nova fronteira, o potencial de produção brasileira pode dobrar, levando em consideração apenas três áreas avaliadas —Tupi e Iara, na Bacia de Santos, e Parque das Baleias, na Bacia de Santos. As reservas brasileiras pulariam de 14 bilhões de barris de petróleo e gás para 28 bilhões, reduzindo drasticamente a dependência com Evo Morales.
Pensando na grande oferta futura e na presente, a Petrobras trabalha na construção de novos gasodutos. Em andamento está a obra do Gasoduto Gasene, que ligará a malha nordestina a do centro-sul, e está sendo estudada a implementação de gasodutos menores no interior do país. A intenção é dar dinâmica à produção, escoando o excedente da região x para a escassez da região y, ou vice-versa, e atendendo novos possíveis clientes, evitando o desperdício da queima.
A expansão do consumo, segundo a opinião de especialistas do setor, tem fortes chances de ocorrer no ramo veicular. Os carros movidos ao combustível gasoso apresenta, dentre os seus concorrentes diretos — gasolina, álcool e diesel –– o maior valor custo-benefício. Rio de janeiro e Rio Grande do Sul possuem as maiores frotas. Segundo companhias distribuidoras e lojas que trabalham com conversão de automóveis para GNV, há grande interesse de motoristas pelo combustível gasoso, que, segundo elas, ainda não converteram seus carros pela instabilidade do setor.
A vantagem dos veículos movidos a gás está no bolso e na saúde. O hidrocarboneto emite muito menos quantidade de poluentes que a gasolina e diesel, o que lhe dá visão de mercado não apenas para mover motores automotivos. Usinas térmicas a óleo combustível e carvão, por serem duramente taxadas por ambientalistas, deverão ter inúmeras unidades adotando novos insumos—entre os mais cotados está gás, biodiesel e alcool.
O horizonte de mercado para o gás se amplia no Brasil com a projeção da Petrobras de aumentar o número de suas petroquímicas para produção de fertilizantes. Os elementos fundamentais para agricultura são basicamente feitos com uréia e amônia, substâncias que podem ser fabricadas a partir do gás natural. Hoje o país importa a maioria do volume de fertilizantes que utiliza, os quais estão sob o domínio de poucos países que disponibilizam da maneira desejada por eles.
O Brasil, ao desenvolver o setor do hidrocarboneto para melhorar sua condição de abastecimento e carências internas, ajuda direta e indiretamente o mundo. Segundo participantes da Conferência Mundial de Gás, como o presidente da União Internacional do Gás, o Estado brasileiro está fazendo o que o restante dos países precisam fazer daqui para frente; encontrar mais reservas para que garantir o suprimento futuro.
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