BRASIL SE PREPARA PARA SER AUTOSSUFICIENTE EM ADUBOS
Fábrica de fertilizantes da Petrobras em Sergipe( Fafen-SE)
Hoje o país compra cerca de 65% da quantidade de adubos que consome. Governo quer incentivar a produção nacional diminuindo custos dos produtores.
O Brasil é detentor da maior quantidade de terras agricultáveis do mundo. No entanto, depende de um produto fundamental para desenvolvimento de suas culturas, os fertilizantes– também conhecidos como adubos. Hoje, o país importa mais da metade do que precisa para a agricultura. Visando reduzir essa dependência externa e se tornar auto-suficiente, o governo federal pretender facilitar a vida dos potenciais produtores.
O Brasil é detentor da maior quantidade de terras agricultáveis do mundo. No entanto, depende de um produto fundamental para desenvolvimento de suas culturas, os fertilizantes– também conhecidos como adubos. Hoje, o país importa mais da metade do que precisa para a agricultura. Visando reduzir essa dependência externa e se tornar auto-suficiente, o governo federal pretender facilitar a vida dos potenciais produtores.
A idéia , segundo o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, é estimular a produção por meio de incentivos aos grandes produtores da área da mineração; já que grande parte dos fertilizantes produzidos têm como insumo recursos minerais. Dois dos estímulos principais são a diminuição da carga tributária paga pelo setor e o valor pago pela Contribuição Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais (CFEM).
Vale e Petrobras estão entre as possíveis beneficiadas. Ambas as empresas detêm grandes jazidas de minerais próprios para adubos, porém exploram muito aquém do potencial das reservas. A companhia de capital misto, possui 100% de uma jazida de potássio no Amazonas, mas no momento a mantém como inativa. Estima-se que tenha potencial para ser a terceira maior do planeta, entretanto exigiria investimentos superiores a R$ 2 bilhões. Já a empresa totalmente privada tem uma mina de potássio no Espírito Santo e explora somente 50% da capacidade.
“Estamos forçando um entendimento entre a Petrobras e a Vale para produzir em larga escala fertilizantes aqui, sobretudo na mina do Amazonas”, afirmou Lobão. Os fertilizantes podem ser fabricados através do calcário, potássio, fósforo, enxofre, magnésio, entre outros minerais. Além disso, podem ser fabricados a partir do processamento do gás natural, gerando amônia e uréia.
Para o ministro, há falta de fertilizantes no mundo e “ nos mandam o que sobra, ainda assim, por um preço elevado”.Como grande parte da produção mundial está nas mãos de poucos países, quando há qualquer problema que afete a oferta no setor, com muita demanda, os consumidores pagam por preços muito caros. “Então, passa a ser uma questão de natureza estratégica a produção de fertilizantes. Precisamos de segurança de fornecimento”, disse Lobão.
Para a Vale, o Brasil tem a possibilidade de se tornar autossuficiente daqui a três anos, segundo o ministro. De acordo com ele, a empresa realizou essa estimativa considerando suas fábricas em território brasileiro e estrangeiro, em países sul-americanos como Argentina e Peru. A Vale anunciou este mês a compra da maioria das ações da Fosfertil, que possui unidades fabris produtoras de amônia e uréia. A aquisição seria uma das maneiras de escoar o gás natural de suas zonas de exploração, que só tendem a aumentar a produtividade.
A Petrobras caminha no mesmo sentido de ampliar a produção de fertilizantes a partir do gás. Hoje é a principal fabricante deste insumo da agricultura, possuindo duas fábricas, a Fafen-SE e Fafen-BA. A Companhia está para construir a terceira unidade este ano, provavelmente no estado do Mato Grosso.Segundo a Petrobras, a razão para o investimento seria a busca da autossuficiência brasileira e uma alternativa para aproveitar a riqueza gasífera. De acordo com dados da Companhia daqui a cerca de cinco anos o país terá gás suficiente talvez até para exportar.
A boa perspectiva futura, se concretizada, terá impactos no bolso de todos os brasileiros indiretamente. Uma vez sendo independente no setor, o Brasil venderá o insumo para os agricultores por um preço mais barato, com conseqüências diretas no valor dos alimentos. Em 2008, o preço de alimentos chegou a encarecer mais de 30% por conta da alta dos adubos. Hoje eles representam boa parte do valor do que é pago pelo consumidor nos supermercados.
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