ESCAVAÇÕES NO SENADO
NARIZ GRANDE E LUPA NO ESCURO
Sarney rouba, mas discussões na Casa giram em torno de interesses políticos
O Senado brasileiro está prestes a ser bastante escavado. Com descobertas de corrupção por parte do coronel nordestino José Sarney (PMDB-RR), políticos da Casa provavelmente terão suas contas, ações e envolvimentos “investigados”. O presidente do Senado, por enquanto, permanece exercendo sua função; até que sua liderança fique insustentável, o que dependerá da posição do PT. Para Lula, Sarney deve ser apoiado.
O presidente da República acredita que a saída do peemedebista será ruim para a governabilidade, com conseqüências que estão fora de previsão. Ele informou que o impasse e o tumulto na Casa são ruins para o andamento das votações, destacando aquelas envolvidas com medidas de combate à crise financeira. Para Lula, não vale a pena mudar Sarney por outro senador.
Se o peemedebista renunciar, quem deve assumir o cargo é um político pelo qual Lula tem antipatia, o segundo vice-presidente da Casa Marconi Perillo (PSDB-GO) O tucano, no entanto, não está imune a acusações, pois tem processos na justiça. Ele seria alvo de peemedebistas humilhados e, somada a inimizade de Lula, o próprio PSDB acredita que duraria pouco. Na hipótese de inviabilização de Perillo, a substituta é a terceira vice- presidente, Serys Slhessarenko (PT-MT). A petista conta com uma ficha nada limpa. Ela integra o grupo com funcionários fantasmas morando no exterior e salário pago pelo Senado.
Apesar dos substitutos levantados, a saída de Sarney continua uma incógnita. Ele afirmou que permanece em seu cargo, mas sua vontade agora depende sobretudo da resposta do PT em apoiar-lhe ou não. O Partido dos Trabalhadores, num primeiro momento depois das irregularidades de Sarney anunciadas, defendia o afastamento do presidente do Senado. A ameaça do coronel maranhense, cogitando a possibilidade de ficar ao lado dos tucanos nas eleições presidenciais de 2010, fez o PT recuar.
A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, uma das mais interessadas no pleito do ano que vem, rapidamente se pôs disposta a conversar com Sarney. A conclusão do encontro foi esperar o presidente Lula retornar da África para o partido do governo decidir a situação. Lula desde o início da história defendeu Sarney e quando chegou ao Brasil disse que por ele Sarney ficava, garantindo convencer o PT do mesmo. O convencimento do presidente da República não chegou a ser confirmado oficialmente, embora tenha surtid seus efeitos.
Aloísio Mercadante, um dos líderes dos petistas, deixou de lado sua opinião inicial de afastamento do coronel. Mercadante disse que não iria tomar medida precipitada, pois sua posição envolvia questões importantes, como as eleições de 2010, e toda uma trajetória de luta partidária. Antes da ameaça de Sarney, a maioria dos petistas havia se colocado contra a permanência do político maranhense à frente do Senado; quantidade que inverteu sua posição.
O tumulto no Senado iniciou em briga por sua liderança e ganhou contornos inclusive para garantir a Presidência da República, como se vê. Lula comentou sobre uma das tentativas e afirmou que o PSDB, que mais lançou ataques contra Sarney junto com DEM e PDT, estaria sendo antidemocrático por querer afastar o peemedebista e impossar um de seus homens não por meios naturais, ou seja, pelas eleições. Lula mencionou aos tucanos que, se eles almejassem o cargo maior do Senado, deveriam ter lançado candidato próprio quando do período de escolha na Casa.
A crítica de Lula ao PSDB, quando seu partido faz parte da mesma lógica de assegurar poder, deveria recair principalmente ao PMDB. O antigo MDB é um agrupamento sem nenhuma linha política definida ao ponto de chegar, em frações de segundos, a cogitar transferir-se de aliado do governo para oposição. O compromisso com a população recai pela simples vontade e o que é primordial se joga à margem. O motivo maior para tanto alarde no Senado ficou em segundo plano.
Os roubos de Sarney foram parcialmente esquecidos e todo o dinheiro posto no próprio bolso e de parentes quiçá irão ser devolvidos aos cofres da União. Os debates estão massivamente girando em torno de conchavos políticos e interesses pessoais. Na câmera, por exemplo, o deputado Edmar Moreira, famoso por construir um castelo de 25 milhões, se livrou de cassação. Em se tratando de roubalheira, a prática é tão comum entre a maioria dos “representantes” do povo que, na mente deles, não vale à pena discuti-la.
Na política feita para os políticos, a rixa entre oposição e aliados pela liderança do Senado pode se equilibrar e ter uma conclusão amigável. Poucos, mas alguns nomes, seriam aceitos pelos dois lados, como os de Marco Maciel (PSDB-PE), Garibaldi Alves( PMDB-RN) e Eduardo Suplicy( PT-SP). Quem quer que esteja na liderança, investigações “profundas” serão iniciadas para encontrar outras irregularidades, cujos autores receberão penas somente para inglês ver.
O Senado brasileiro está prestes a ser bastante escavado. Com descobertas de corrupção por parte do coronel nordestino José Sarney (PMDB-RR), políticos da Casa provavelmente terão suas contas, ações e envolvimentos “investigados”. O presidente do Senado, por enquanto, permanece exercendo sua função; até que sua liderança fique insustentável, o que dependerá da posição do PT. Para Lula, Sarney deve ser apoiado.
O presidente da República acredita que a saída do peemedebista será ruim para a governabilidade, com conseqüências que estão fora de previsão. Ele informou que o impasse e o tumulto na Casa são ruins para o andamento das votações, destacando aquelas envolvidas com medidas de combate à crise financeira. Para Lula, não vale a pena mudar Sarney por outro senador.
Se o peemedebista renunciar, quem deve assumir o cargo é um político pelo qual Lula tem antipatia, o segundo vice-presidente da Casa Marconi Perillo (PSDB-GO) O tucano, no entanto, não está imune a acusações, pois tem processos na justiça. Ele seria alvo de peemedebistas humilhados e, somada a inimizade de Lula, o próprio PSDB acredita que duraria pouco. Na hipótese de inviabilização de Perillo, a substituta é a terceira vice- presidente, Serys Slhessarenko (PT-MT). A petista conta com uma ficha nada limpa. Ela integra o grupo com funcionários fantasmas morando no exterior e salário pago pelo Senado.
Apesar dos substitutos levantados, a saída de Sarney continua uma incógnita. Ele afirmou que permanece em seu cargo, mas sua vontade agora depende sobretudo da resposta do PT em apoiar-lhe ou não. O Partido dos Trabalhadores, num primeiro momento depois das irregularidades de Sarney anunciadas, defendia o afastamento do presidente do Senado. A ameaça do coronel maranhense, cogitando a possibilidade de ficar ao lado dos tucanos nas eleições presidenciais de 2010, fez o PT recuar.
A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, uma das mais interessadas no pleito do ano que vem, rapidamente se pôs disposta a conversar com Sarney. A conclusão do encontro foi esperar o presidente Lula retornar da África para o partido do governo decidir a situação. Lula desde o início da história defendeu Sarney e quando chegou ao Brasil disse que por ele Sarney ficava, garantindo convencer o PT do mesmo. O convencimento do presidente da República não chegou a ser confirmado oficialmente, embora tenha surtid seus efeitos.
Aloísio Mercadante, um dos líderes dos petistas, deixou de lado sua opinião inicial de afastamento do coronel. Mercadante disse que não iria tomar medida precipitada, pois sua posição envolvia questões importantes, como as eleições de 2010, e toda uma trajetória de luta partidária. Antes da ameaça de Sarney, a maioria dos petistas havia se colocado contra a permanência do político maranhense à frente do Senado; quantidade que inverteu sua posição.
O tumulto no Senado iniciou em briga por sua liderança e ganhou contornos inclusive para garantir a Presidência da República, como se vê. Lula comentou sobre uma das tentativas e afirmou que o PSDB, que mais lançou ataques contra Sarney junto com DEM e PDT, estaria sendo antidemocrático por querer afastar o peemedebista e impossar um de seus homens não por meios naturais, ou seja, pelas eleições. Lula mencionou aos tucanos que, se eles almejassem o cargo maior do Senado, deveriam ter lançado candidato próprio quando do período de escolha na Casa.
A crítica de Lula ao PSDB, quando seu partido faz parte da mesma lógica de assegurar poder, deveria recair principalmente ao PMDB. O antigo MDB é um agrupamento sem nenhuma linha política definida ao ponto de chegar, em frações de segundos, a cogitar transferir-se de aliado do governo para oposição. O compromisso com a população recai pela simples vontade e o que é primordial se joga à margem. O motivo maior para tanto alarde no Senado ficou em segundo plano.
Os roubos de Sarney foram parcialmente esquecidos e todo o dinheiro posto no próprio bolso e de parentes quiçá irão ser devolvidos aos cofres da União. Os debates estão massivamente girando em torno de conchavos políticos e interesses pessoais. Na câmera, por exemplo, o deputado Edmar Moreira, famoso por construir um castelo de 25 milhões, se livrou de cassação. Em se tratando de roubalheira, a prática é tão comum entre a maioria dos “representantes” do povo que, na mente deles, não vale à pena discuti-la.
Na política feita para os políticos, a rixa entre oposição e aliados pela liderança do Senado pode se equilibrar e ter uma conclusão amigável. Poucos, mas alguns nomes, seriam aceitos pelos dois lados, como os de Marco Maciel (PSDB-PE), Garibaldi Alves( PMDB-RN) e Eduardo Suplicy( PT-SP). Quem quer que esteja na liderança, investigações “profundas” serão iniciadas para encontrar outras irregularidades, cujos autores receberão penas somente para inglês ver.