PLANETA EM MOVIMENTO

domingo, 5 de abril de 2009

A PROLIFERAÇÃO DAS CASAS DE GULOSEIMAS


Tijuca, em menos de um ano, ganhou 4 lojas em sua via principal


Olha daqui, olha de lá. Os pedestres e motoristas que costumam transitar pela Tijuca, devem ter notado, entre uma olhar e outro, uma mudança na paisagem comercial do bairro. Ao decorrer da Rua Conde de Bonfim, há menos de um ano, houve um boom de lojas de guloseimas, com as quais os tijucanos adoçarão a vida sem problemas de oferta.
A primeira a ter se estabelecido na principal via do bairro foi a Casa do Biscoito. A empresa tem várias filiais espalhadas pela cidade e quando chegou para se firmar em frente a Praça Sãens Pena atraiu clientes que continuam a manter um bom movimento.É difícil ver a loja vazia. O negócio logo foi percebido pelos faros aguçados dos bons talentos do comércio.
Casas, com o mesmo tipo de produtos, foram então tomando espaços. Uma perto perto da Marques de Valença, outra próxima da Uruguai, mais outra quase na José Higino e uma quase na Pinto de Figueiredo.Todas deram as caras em um período de 12 meses, se não for menos, e a maioria expõem letreiros com as mesmas cores da pioneira na Conde de Bonfim, amarelo e vermelho.
A estratégia das cores primárias já é conhecida, estimulam, por serem cores quentes e por lembrar ketchup, mostarda e muitos alimentos, a vontade de comer. Nas lojas de guloseimas não se encontrará um Big Mac, mas uma porção de porcarias deliciosas, tantos salgados e doces, líquidos e sólidos. Grande parte deles com bastante caloria para engordar os tijucanos sem travas no bolso e na boca.
Mas o que instiga na aparição dos comércios das apreciadas mercadorias é ter acontecido em época de crise. O poder de consumo da população aumentou nos últimos anos, é verdade, a inflação reduzida melhora tal potencial, mas os alimentos básicos permanecem com valores nada promocionais, com alguns casos à parte, e o desemprego se elevou.
Nos tradicionais supermercados itens como carne, feijão, arroz, de praxe nos pratos dos brasileiros, mantêm-se com cifras nas alturas e são deixam de ser consumidos diariamente por muita gente. Se o essencial é reduzido nas prateleiras domésticas, imagine o supérfluo. Porém, ele permanece a ser comprado e não em porções modestas, pelo menos no volume total da clientela.
Os preços das tentações nas referidas casas de biscoito, porém, não são maravilhas. Os biscoitos das marcas mais famosas, como Nabisco, Nestlé e Piraquê são iguais ou mais caros se comparado aos supermercados ou armazéns do bairro. O diferencial das casas são as variedades de marcas, das quais as mais desconhecidas são baratas. Estratégia que dá certo.
Em uma das lojas uma barra de chocolate, de 55g, da marca Bel, custava apenas 89 centavos, enquanto em uma concorrente, 99 centavos. Mas a barra da Heirchers na primeira estava R$3,29, valor mais salgado do que no supermercado Mundial, a R$ 2,99. Na famosa Casa do Biscoito, o produto que dá nome à firma , quando de marcas sem nomes expressivos, as quais apresentam biscoitos praticamente com o mesmo peso dos demais, chega a custar R$0,49
No entanto, o atrativo maior para o consumo é o poder delicioso das “besteiras”, cujos sintomas, ao decorrer da degustação, são o prazer e o bem estar. O refúgio é experimentado por quem anda estressado, cansado, triste e desanimado. Uma paçoca, bananada, pipoca e, principalmente, o apreciado chocolate são super requisitados para a aliviar momentos desagradáveis.

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