PROVAS DA VIDA

Elas são postas à frente dos homens e por diversos motivos muitos deles se dão mal

Em vários momentos da vida o ser humano é posto à prova e, se não refletir, pode enveredar por uma trilha que no futuro trará arrependimento. As emoções, más companhias, ambientes e circunstâncias são fortes molas que impulsionam pessoas para um destino qualquer. Uma boa estrutura familiar, de amizade e de fé são apoios eficientes para a tomada de decisões, mas nem sempre as pessoas contam com eles e terminam por receber desgostos com o passar do tempo.
As exigências econômicas transformam a jornada de milhões de pessoas em todo o mundo e colocam pedras que para muitas das pessoas são empecilhos irremediáveis. Em várias pesquisas feitas no Brasil, com adultos na faixa dos 30 anos para cima, constatou-se que grande parte deles sonhara em exercer profissões distintas das que praticavam então. Um dos motivos que indicavam para não tê-las seguido era a necessidade de trabalhar desde cedo.
Profissionais desgostosos existem aos montes, insatisfeitos com o seu ganha-pão. Parte deles desiste facilmente de projetos, pela causa financeira, temporal ou qualquer que seja. Fecha-se o pensamento para as possibilidades de conciliar uma obrigação imposta pela vida com a realização dos desejos. Trabalhar o dia inteiro e estudar à noite é a maneira encontrada por brasileiros em busca de uma melhor colocação no mercado profissional. Uma prática não anula a outra.
Chegar em uma idade e se arrepender de atitudes cometidas , ou não cometidas, costuma gerar incômodo e tristeza. Voltar ao passado e viver algumas situações torna-se humanamente impossível. A idade necessária para certas ações se esgota e o jeito é se contentar com o gosto de que podia ser diferente. Há quem alcance certos anos de vida e se entrega totalmente ao arrependimento das atitudes antigas. A angústia, às vezes, é tamanha que para aliviá-las se busca recursos nas drogas, um mundo onde se esquece momentaneamente dos problemas. Toma-se uma nova atitude precipitada.
Para cair na maconha, álcool ou cola basta ser homem ou mulher, em todas as faixas etárias, classes sociais e por causas diferentes elas penetram. Para quem lida normalmente com dificuldades ou privação de privilégios resiste melhor às agruras e decepções. No entanto, quem é cru em saber o que é perder e sempre teve nas mãos as necessidades atendidas sente um balanço de estrutura muito maior. Vários e vários jovens mimados pela família, na fase infantil e adolescente, quando encontram as barreiras do dia a dia recorrem ao abrigo das drogas para lhes trazerem o conforto perdido com a “maturidade”.
Um detalhe que surja na jornada humana é capaz de empurrar alguém por um despenhadeiro, apesar de umas pessoas estarem mais sujeitas do que outras. Uma pisada em falso em um penhasco pode decretar a morte. Um ambiente, circunstâncias e “amigos” negativos são ingredientes o bastante para decretar escolhas erradas, dependendo da mente de quem está cercado por eles. Um mau conselho e pronto. Um caminho tortuoso e de sofrimento. Um relacionamento fracassado, um lugar horrível para se morar ou o vício do qual para se desvencilhar é uma batalha intensa.
Uma pesquisa feita em maio internacionalmente apontou que o Brasil está na segunda colocação em número de fumantes que desejariam voltar atrás e não ter sequer começado a tragar cigarro. Eles caíram e hoje se arrependem. O primeiro trago veio possivelmente por uma curtição entre amigos, por pura zoeira. Nada demais, que ao longo dos anos se transforma em uma prisão e malefícios à saúde. Problemas respiratórios, de coração, entupimento de veias e prejuízos impensáveis quando se começou a participar da brincadeira inocente.
Ter cabeça e sabedoria durante todos os momentos da vida é essencial. Porém, a humanidade sabe ser um feito impossível. Para superá-los sem cair em caminhos tortuosos ou que futuramente trarão frustração pessoal ou profissional, ter uma base confiável é fundamental. A base, a estrutura na maioria das vezes são os princípios e a educação; a família; os amigos de verdade; e a fé. O conjunto deles é uma arma resistente contra qualquer fraqueza individual.
Quando um pensamento estranho ou equivocado vem à mente por pressões externas ou pela rebeldia individual, as pessoas bem assessoradas recorrem aos seus “braços fortes”. Lembram dos conselhos dos pais, se atiram ao colo deles e ouvem-nos, sentam ao lado do amigo ou pedem a Deus proteção e orientação. A crença em um Ser superior amável e mais do que prestativo é o maior consolo imaginável ao homem. Com auxílios dos níveis mencionados e o autocontrole adquirido junto com a ajuda deles, cada passo fica melhor de ser dado. Sem sofrimentos posteriores.