INTERNET: INDAGAÇÕES SOBRE SUA LEGITIMIDADE
Pesquisas que premiam os melhores da tv usam o veículo sem métodos
A internet como meio de comunicação facilita , e muito, a vida de milhares de pessoas.Ajuda, sobretudo, na comunicação interpessoal e o diálogo entre empresas e clientes.Mas com ela, indagações surgem a respeito de várias atividades que podem ser realizadas via web.As pesquisas de opinião , por exemplo, pode-se acreditar que são válidas?
A última divulgada pelo site UOL Televisão, revelando as preferências do público quanto às atrações televisivas brasileiras, apontou resultados já previstos. Entretanto, o site falhou por não conseguir controlar o acesso de quem participava das votações, que incluíam seis categorias. Quem quisesse, tinha a possibilidade de votar quantas vezes desejasse. Apenas clicava em um botão e registrava sua preferência; sem , ao menos, indentificar-se.
A aferição do gosto popular sobre o que se passou na telinha e em outros campos artísticos este ano é prática comum em vários veículos de comunicação que dispõe de páginas na internet.O Sbt, por exemplo, anualmente, transmite em sua grade de programação o Troféu Imprensa, cujos candidatos aos prêmios há alguns anos são apontados pelos internautas.No próprio site da emissora, clicando na opção Troféu Internet, que aparece logo na primeira página, os melhores do ano podem ser escolhidos.A condição para participar das "eleições” é a indicação de cpf, nome e e-mail.O controle mais rigoroso, no entanto, não impede que alguém vote por quantas vezes quiser.Basta saber os dados de outras pessoas; algo nada difícil de apreender.
No caso das pesquisas acima , entre outras do mesmo feitio, a injustiça para com os melhores ou mais bem queridos artistas e jornalistas tem total chance de ocorrer.A razão é fácil: A maioria dos telespectadores não tem acesso a internet.Como então premiar A FAVORITA como melhor novela de 2008 e Patrícia Pillar, como melhor atriz, se quem as escolheu não possuem representatividade para exercerem tal ato?
São escolhas de uma parcela dos que acessam sites, mas não dos brasileiros. Melhores produtos e performances sob o ponto de vista de um grupo seleto, cujos integrantes, nem ao certo, sabe-se de onde provêm, o que fazem, se realmente assistem ou conhecem os candidatos. Ausência de credibilidade e de aura de verdadeira premiação.Apesar das qualidades, continuam se alastrando.
As pesquisas quantitativas e qualitativas, corpo a corpo, porém, parecem que desapareceram.São usadas , claro, quando se quer medir a aceitação de um produto televisivo. Fora isso, saíram de moda para apontar os verdadeiros merecedores por obras apresentadas.
O problema tem seu motivo. É a acomodação e tentativa de reduzir custos de diversas empresas, em vista de um mercado cheio de profissionais competentes-- relações públicas, publicitários, jornalistas e sociólogos-- à espera de trabalho. Fica a pergunta: A internet está criando uma geração de preguiçosos e irresponsáveis ?
A internet como meio de comunicação facilita , e muito, a vida de milhares de pessoas.Ajuda, sobretudo, na comunicação interpessoal e o diálogo entre empresas e clientes.Mas com ela, indagações surgem a respeito de várias atividades que podem ser realizadas via web.As pesquisas de opinião , por exemplo, pode-se acreditar que são válidas?
A última divulgada pelo site UOL Televisão, revelando as preferências do público quanto às atrações televisivas brasileiras, apontou resultados já previstos. Entretanto, o site falhou por não conseguir controlar o acesso de quem participava das votações, que incluíam seis categorias. Quem quisesse, tinha a possibilidade de votar quantas vezes desejasse. Apenas clicava em um botão e registrava sua preferência; sem , ao menos, indentificar-se.
A aferição do gosto popular sobre o que se passou na telinha e em outros campos artísticos este ano é prática comum em vários veículos de comunicação que dispõe de páginas na internet.O Sbt, por exemplo, anualmente, transmite em sua grade de programação o Troféu Imprensa, cujos candidatos aos prêmios há alguns anos são apontados pelos internautas.No próprio site da emissora, clicando na opção Troféu Internet, que aparece logo na primeira página, os melhores do ano podem ser escolhidos.A condição para participar das "eleições” é a indicação de cpf, nome e e-mail.O controle mais rigoroso, no entanto, não impede que alguém vote por quantas vezes quiser.Basta saber os dados de outras pessoas; algo nada difícil de apreender.
No caso das pesquisas acima , entre outras do mesmo feitio, a injustiça para com os melhores ou mais bem queridos artistas e jornalistas tem total chance de ocorrer.A razão é fácil: A maioria dos telespectadores não tem acesso a internet.Como então premiar A FAVORITA como melhor novela de 2008 e Patrícia Pillar, como melhor atriz, se quem as escolheu não possuem representatividade para exercerem tal ato?
São escolhas de uma parcela dos que acessam sites, mas não dos brasileiros. Melhores produtos e performances sob o ponto de vista de um grupo seleto, cujos integrantes, nem ao certo, sabe-se de onde provêm, o que fazem, se realmente assistem ou conhecem os candidatos. Ausência de credibilidade e de aura de verdadeira premiação.Apesar das qualidades, continuam se alastrando.
As pesquisas quantitativas e qualitativas, corpo a corpo, porém, parecem que desapareceram.São usadas , claro, quando se quer medir a aceitação de um produto televisivo. Fora isso, saíram de moda para apontar os verdadeiros merecedores por obras apresentadas.
O problema tem seu motivo. É a acomodação e tentativa de reduzir custos de diversas empresas, em vista de um mercado cheio de profissionais competentes-- relações públicas, publicitários, jornalistas e sociólogos-- à espera de trabalho. Fica a pergunta: A internet está criando uma geração de preguiçosos e irresponsáveis ?
1 Comentários:
Muito boas suas questões. é importante que se pense sobre isso e que se faça entender que não se pode usar apenas um meio para demonstrar preferencia do público ou opinião.
Antes da internet ser mais acessada no Brasil, o telefone, na época o 0800, cobria esse papel. é claro que mesmo assim havia falhas mas podia se ter um controle maior de quem ligava. Mesmo que nem toda a população tivesse telefone, a porcentagem é muito maior que de pessoas com internet disponível.
Sempre se deve pensar nisso antes de achar/divulgar que aquela opinião é a da maioria da população
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