AINDA HÁ ESPERANÇA NA POLÍTICA
O Brasil ontem foi respeitado.A rejeição da Câmara dos Deputados quanto a promulgação da PEC dos Vereadores aliviou brasileiros que temiam que seus bolsos sofressem assaltos de maiores proporções. A proposta de oferecer maior representatividade no legislativo municipal é apenas , como dizem especialistas, o aparente retrato de uma medida que não funcionará de fato e /ou deseja beneficiar os “políticos”.
Segundo o diretor da Ong Transparência Brasil em entrevista ao jornal O DIA, Cláudio Weber Abramo, os vereadores custam caro e não produzem.A afirmação de Cláudio que se confirma no dia a dia, pelo menos do Rio, se estende para outros cargos representativos, ocupados por pessoas descompromissadas com a esfera e, conseqüentemente, com os bens públicos.
A tramitação da Proposta de Emenda à Constituição pelo Senado atestou justamente o descompromisso.Com a aprovação da PEC na Casa, mas com a exclusão do artigo deliberado pela Câmara que previa redução dos gastos com as câmeras dos vereadores, os senadores mostraram a vontade de continuar com os vícios degradantes da política brasileira e deixaram transparecer, de vez, a falta de senso que a classe em sua maioria sustenta.
Em plena crise -- com previsão de perda de arrecadação e com gastos extras que surgiram por meio da ajuda a setores produtivos-- e em meio as enchentes em alguns estados brasileiros que exigiram do governo um auxílio de verbas; maiores gastos seriam uma tentativa de sacrificar ainda mais a população, sobretudo os carentes.
No entanto, mais um capítulo do incrível Estado brasileiro foi, felizmente, abortado.A Mesa Diretora dos Deputados negou a PEC, após sua modificação pelo Senado, e demonstrou que pode fazer alguma coisa decente para o país e que este, por sua vez, pode depositar alguma esperança em seus representantes.Em época de natal, enfim , um presente vindo de quem menos se espera.
Mas há quem seja favorável a atitude do Senado, mesmo com sua insensatez.
A professora de Ciências Sociais da UFRJ, Isabel Ribeiro, disse, também ao jornal O DIA: O processo de aumento do número de vereadores “ tende a ser muito favorável à vida democrática , porque descentraliza o poder e permite ao povo se organizar e se autogovernar”. Certamente ela está com toda a razão, se apenas vivêssemos no campo da teoria.Pois na prática estamos cansados de saber como funciona a democracia por aqui.
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